25/03/2022
Professor da Faculdade de Medicina da UFMG e fundador do Manuelzão está sendo processado pela entidade por críticas ao que chamou de “hidronegócio”
“Apolo é nascente”, “Apolo é semente”. Essas foram as frases mais repetidas por ambientalistas, parlamentares e companheiros de luta e de vida de Apolo Heringer Lisboa, professor da Faculdade de Medicina da UFMG e fundador do Projeto Manuelzão, no ato de desagravo realizado nesta segunda-feira, 21, na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG), em Belo Horizonte. Apolo está sendo processado judicialmente pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, a Fiemg, por opiniões críticas à atuação da entidade empresarial nos comitês de bacia hidrográfica, que classificou como “hidronegócio”.
A tentativa de silenciamento do célebre ambientalista, reconhecido por sua longa trajetória como médico sanitarista e incansável defensor das águas, gerou uma onda de indignação e solidariedade e forte estardalhaço em resposta. Cerca de 100 pessoas se reuniram em apoio a Apolo; entre elas estavam vereadoras, deputadas estaduais e representantes de partidos políticos diversos, além de várias gerações de lideranças ambientalistas da região, declaradamente inspiradas por seu legado de ideias e luta.
Fotos de Leo Souza.