02/12/2024
Evento foi importante marco no fortalecimento do debate público sobre a mineração, suas bases e seus efeitos
O Projeto Manuelzão e o Observatório da Saúde do Trabalhador (Osat) da Faculdade de Medicina da UFMG tiveram a alegria de realizar, na última quinta-feira, 28 de novembro, o seminário “Saúde, Ambiente e Trabalho na Mineração”. O dia foi marcado por ricas exposições e conversas em torno do quadro atual da mineração em Minas Gerais, a partir de uma perspectiva integrada sobre saúde, ambiente e trabalho.
A conferência, as três mesas redondas e as contribuições luminosas e cruciais do público fizeram do auditório da Faculdade de Medicina da UFMG um espaço de reflexão sobre os impactos da mineração no corpo e mente dos trabalhadores, nas pessoas que tiveram suas vidas destroçadas por rompimentos de barragem ou pela ameaça deles, na degradação da qualidade de vida das populações do entorno da atividade, na devastação das águas, fauna, flora e ar.
Além disso, abriu discussões quanto ao modo de produção capitalista e a sua relação predatória com o meio ambiente e a possibilidades e estratégias para, coletivamente, enfrentar essa lógica, criando rupturas com suas bases.
“Esperançar”, verbo evocado ao longo do evento, foi a palavra de ordem dos presentes para levar adiante as propostas discutidas. O educador Paulo Freire cunhou o termo para expressar a ideia de que a esperança não deve ser uma expectativa passiva, mas uma prática ativa. Mais que um desejo, a esperança deve ser alimentada e sustentada por ações concretas para a transformação social.
____
As fotos são de Pedro Bernardo, Enaile Almeida e Luiz Rocha.