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Minas não suporta mais o rompimento de barragens

20/05/2019

Será que a solução dessas empresas para o descomissionamento é deixar que barragens rompam?

Diante de mais um possível rompimento de barragem de rejeitos de minério em Minas Gerais, observamos estarrecidos a irresponsabilidade e a insustentabilidade do modelo de mineração praticado no estado.

Enquanto famílias são retiradas de suas casas, em Socorro e Tabuleiro, no município de Barão de Cocais, lamentamos que o rompimento de barragens seja tratado pela mineração como uma possível saída para o problema do descomissionamento dessas estruturas.

Será que a solução dessas empresas é deixar que barragens rompam, protelar na justiça o pagamento de multas ambientais (se é que essas continuarão a existir) e deixar que a população e o meio ambiente paguem pelos crimes ambientais cometidos?

Não conseguimos outra explicação para o comportamento das mineradoras diante do risco que essas barragens impõem a populações, modos de vida e aos cursos d’água que abastecem Minas Gerais.

De onde vem o risco?

De acordo com matéria do Jornal Estado de Minas, a ruptura do talude norte da Mina Gongo Soco pode provocar o rompimento da barragem Sul Superior, estrutura cujo nível de segurança é alarmante desde o início de março.

O temor é de que, dependendo da velocidade e da força com que o talude se romper, haja um abalo sísmico, que seria o gatilho para o rompimento da barragem Sul Superior, localizada a 1,5 quilômetro da cava.

De acordo com o documento da Vale, o talude tem um deslocamento diário de 3 a 4 centímetros. “Se estabilizar agora pode nem vir a romper, mas se continuar nessa progressão diária, pode se somar a uma proporção maior e, do dia 19 ao 25, indica que poderia haver rompimento.”

Fonte: Jornal Estado de Minas

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