12/08/2018
Em 2003 fundou-se o Comitê Manuelzão do Córrego Navio/Baleia que realizou várias ações em prol de melhorias na bacia, como, por exemplo, a revitalização do córrego dos Joões (afluente do Navio/Baleia)
Córrego Navio/Baleia. (Foto: Procópio de Castro)
A Bacia
O Córrego do Navio nasce na Mata da Baleia na Serra do Curral com aproximadamente 6 km de extensão. Sua bacia hidrográfica localiza-se no baixo Ribeirão Arrudas abrangendo vários bairros da região leste do Belo Horizonte (Baleia, Cafezal, Saudade, Jonas Veiga, Paraíso, Santa Efigênia, Pompéia, Esplanada, Taquaril, Vera Cruz) e o Parque das Mangabeiras. No início da capital seu nome era Tombadouro. Saindo da Serra do Curral inicia-se a urbanização desordenada e o córrego da Baleia, como é conhecido pelos moradores a montante, passa a sofrer os impactos da ocupação desordenada em suas margens, do esgoto lançado no leito sem tratamento prévio, do lixo, do descaso, do descompromisso com o futuro e memória cultural de uma região da cidade. É possível encontrar na bacia fragmentos dos biomas Cerrado e Mata Atlântica.
No período compreendido entre novembro de 2001 e julho de 2002, as lideranças da região participaram ativamente da Pré-Conferência e da 2ª Conferência de Políticas Urbanas de Belo Horizonte com intuito de conhecerem a proposta e se manifestarem quanto ao “Saneamento do Córrego do Navio e complementação da Avenida Belém”. A comunidade começou a realizar vários eventos como ações em comemoração à Semana da Água, do Meio Ambiente e na primavera, assim como a participar das reuniões, cursos e seminários organizados pela equipe do Projeto Manuelzão; além das reuniões junto à Prefeitura de Belo Horizonte e da Associação de Moradores e Amigos do Bairro Pompéia (AMAP). Em 2003 fundou-se o Comitê Manuelzão do Córrego Navio/Baleia que realizou várias ações em prol de melhorias na bacia, como, por exemplo, a revitalização do córrego dos Joões (afluente do Navio/Baleia), que pelo exímio trabalho de um dos integrantes do Núcleo recebeu várias premiações. A história ambiental do rio também foi registrada em bordados realizados por uma das integrantes do Núcleo que os transformou em um livro.
Trecho do córrego Joões revitalizado pelo Senhor Nonô. (Foto: Isadora Marques)
Ações realizadas
Desafios