(RE)JEITO em parceria com o Manuelzão realizará ato em protesto por um ano da tragédia em Mariana

03/11/2016

O coletivo fará intensa programação na Praça da Liberdade. As ações envolverão a comunidade e ambientalistas em diversos atos em memórias das vítimas do crime ambiental de Mariana.

No próximo sábado, dia 05/11, o
rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, completará um ano. Ações públicas
em protesto contra o esquecimento desse desastre ocorrerão na capital mineira.

Na manhã do dia 04 de novembro
(sexta-feira) as atividades serão iniciadas com uma manifestação proposta pelo
Projeto Manuelzão às8:30na Praça da Assembleia. O ato está programado para
durar até as 10:30, momento em que será cobrado o encaminhamento do Projeto de
Lei Mar de Lama Nunca Mais na ALMG.

Na noite do mesmo dia, o coletivo
(RE) JEITO continuará a programação e às 19 horas promoverá um ato sonoro na
Praça da Liberdade. A partir desse horário, se sucederão ações em memórias das
vítimas, com uma cerimônia com músicas, cruzes e velas, e uma série de
palestras que durarão até as 22 horas.

No sábado, dia da tragédia,
manifestações artísticas iniciarão a programação às 9 horas, na Praça Sete e na
Praça da Liberdade. As atividades ocorrerão durante o dia todo e serão
finalizadas pela “República de Lama”, as 21 horas, na última localidade.

 A TRAGÉDIA

O dia 05 de novembro ficou marcado
pelo rompimento da barragem de rejeitos de Fundão, em Mariana, MG. Esse
desastre é considerado o maior desastre ambiental envolvendo mineradoras do
país, contando com 19 pessoas mortas e outras 1300 desabrigadas, 1,5 mil
hectares de vegetação destruída e 660 km de rios poluídos.

Essa atrocidade foi a
maior tragédia do mundo envolvendo barragens de rejeitos. As autoridades, até
hoje,não puniram adequadamente os culpados por esse crime. Apesar das multas milionárias aplicadas à
Samarco, nenhuma indenização foi paga, ninguém foi condenado e ainda não se
ouve falar em soluções para a recuperação do Rio Doce.

Na tarde de 21 de
setembro, a Samarco (Vale/BHP Billiton) recebeu autorização do Governo de Minas
Gerais para enterrar Bento Rodrigues novamente. O Poder Público autorizou a
construção de um novo dique no local onde ocorreu o desastre e que alagará
parte do distrito. Isso significa alagar, também, as memórias de sua natureza e de seus habitantes. 

 

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