Serviço Florestal Brasileiro ou Serviço ao Agronegócio Brasileiro?

18/01/2019

A conservação ambiental tem encarado duras ameaças desde o início do ano. Primeiro, o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) foi deslocado do Ministério do Meio Ambiente para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Agora, à frente SFB, está um membro da bancada ruralista do Congresso Nacional.

A conservação ambiental tem encarado duras ameaças desde o início do ano. Primeiro, o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) foi deslocado do Ministério do Meio Ambiente para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Agora, à frente SFB, está um membro da bancada ruralista do Congresso Nacional.

O Deputado federal Valdir Colatto, novo diretor do Serviço Florestal Brasileiro, coloca em conflito os interesses ambientais e os do agronegócio brasileiro. Indicado pela ministra Tereza Cristina, o deputado parece ter uma visão retrógrada sobre a preservação do meio ambiente.

Um exemplo é que foi relator de um projeto de lei que visa liberar a caça de animais selvagens no Brasil, em 2017. Além disso, enquanto deputado, Colatto defendeu que o Código Florestal fosse menos restritivo, e criticou a porcentagem da área a ser preservada em propriedades rurais.

Quais as atribuições do Serviço Florestal Brasileiro?

Uma das principais funções do Serviço Florestal Brasileiro é o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que funciona como uma das ferramentas para por em prática as leis do Código Florestal. Esse cadastro é que identifica as áreas de preservação permanentes nas propriedades rurais, e é um dos principais instrumentos contra o desmatamento ilegal.

Questionamos qual será a autonomia desse órgão ao cadastrar e fiscalizar a preservação de áreas que são de interesse dos grandes agropecuaristas, já que seu atual diretor parece representar os interesses dos empresários rurais.

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