31/12/1969
Thaís Cristina Pereira da Silva – 26 anos Belo Horizonte Meu nome é Thaís Cristina Pereira, sou Gestora e Mobilizadora Social Ambiental do Projeto Manuelzão, e vou tentar relatar brevemente nossa relação. Sou natural de Diamantina, Minas Gerais e desde minha infância acompanho de perto a destruição da natureza e a poluição do Rio das […]
Belo Horizonte
Meu nome é Thaís Cristina Pereira, sou Gestora e Mobilizadora Social Ambiental do Projeto Manuelzão, e vou tentar relatar brevemente nossa relação.
Sou natural de Diamantina, Minas Gerais e desde minha infância acompanho de perto a destruição da natureza e a poluição do Rio das Velhas, pelos garimpeiros da região. A minha família tem sua história delineada pela exploração do ouro e diamante, mas ainda lembro do meu avó dizendo que o Rio das Velhas não iria resistir a tanto mercúrio. Hoje essa substância química não é mais tão usada, porém o rio está sofrendo com as mais diversas fontes de poluição.
Bom…comecei a pensar na minha trajetória profissional e decidi que ela deveria estar alicerçada na preservação do meio, mas principalmente, em trabalho com comunidades.
Quando cheguei a Belo Horizonte, conheci o Projeto Manuelzão, no 1º Seminário Internacional de Revitalização de Rios em 2009 e ouvindo a fala do Apolo Lisboa, fala do meu avó foi revivida e aquele sentimento veio à tona.
Ainda me lembro, que estava sentada ouvindo ele falar e pensei: eu vou entrar nesse projeto….rsr e terminado o seminário eu fui lá e perguntei para o Apolo como eu deveria fazer. Ele me passou o telefone e no dia seguinte eu liguei.
Não tinha muitas esperanças de estagiar no Projeto Manuelzão, porque estava no primeiro período de graduação. Mas, me disponibilizei a fazer um estágio voluntário só para conhecer como era o trabalho que eles desenvolviam.
E desse estágio voluntário eu fui contratada e 02 anos se passaram. Terminada a graduação eu me despedi com o coração na mão, porque apesar de todas as dificuldades, eu acredito no sentimento que o Projeto Manuelzão desperta nas pessoas, fazendo-as acreditar que é possível conviver com a natureza, que é possível revitalizar à bacia onde elas estão inseridas.
Desde o começo de 2011, retornei ao Projeto, agora como gestora ambiental e o conhecimento acadêmico adquirido passa a ser lapidado, pelas reuniões que freqüento, pelas pessoas dos núcleos que aprendi a amar e a respeitar incondicionalmente e pela equipe, que apesar de todos os impropérios, fazem do Projeto Manuelzão ser o que ele é.
Por tudo eu sempre disse: o Projeto Manuelzão não é só uma experiência de trabalho, mas uma experiência de vida… para se tornar mais humano.
Amo!