12/02/2010
.Transposição. Pro Chico ficar no lugar No último final de semana, uma delegação de povos indígenas do Nordeste voltou da Europa. O que estavam fazendo lá? Um dos objetivos da viagem foi chamar a atenção do Supremo Tribunal Federal para o julgamento das ações que questionam se a transposição do Rio São Francisco está de […]
.Transposição.
Pro Chico ficar no lugar
No último final de semana, uma delegação de povos indígenas do Nordeste voltou da Europa. O que estavam fazendo lá? Um dos objetivos da viagem foi chamar a atenção do Supremo Tribunal Federal para o julgamento das ações que questionam se a transposição do Rio São Francisco está de acordo com a Constituição. O Brasil é signatário da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que assegura aos indígenas o direito às suas terras tradicionais e à consulta prévia sobre a ocupação desses locais. Mas a consulta não foi feita e o projeto já concluiu por volta de 15% das obras. Entre 24 de janeiro e 6 de fevereiro, o grupo apresentou à Organização das Nações Unidas, à OIT e ao Parlamento Europeu um relatório com denúncias à Transposição. O projeto deverá causar impactos socioambientais em 33 povoados indígenas da região, além de atingir comunidades quilombolas e ribeirinhas. Cerca de oito mil indígenas podem ser removidos à força e ter seus territórios inundados. Fonte: Portal Ecodebate
.Pesca.
Antes que o peixe acabe
A fiscalização das atividades pesqueiras vai apertar. Na última quinta, dia 11, o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, disse que as estruturas de fiscalização precisam ser aumentadas ou o peixe vai acabar. Ele citou o exemplo do Pará, que já tem uma secretaria de pesca. Até o final do ano, devem ser entregues 23 novas lanchas para aumentar o patrulhamento em 17 estados brasileiros. Grande avanço se comparado às cinco lanchas que foram entregues no ano passado para apenas quatro estados. O aumento da fiscalização será acompanhado do incentivo à pesca sustentável. A região amazônica e o Pantanal vão receber as lanchas primeiro, devido aos conflitos recorrentes entre a pesca artesanal e a pesca amadora, mas ainda não é uma data definida. Fonte: Ambiente Brasil
.Biocombustíveis.
Contrapartida
Produzir bicombustíveis a partir da cana-de-açúcar e da soja pode não ser tão bom assim. Apesar de substituir o petróleo e com isso reduzir a emissão de gases do efeito estufa, os bicombustíveis podem intensificar o desmatamento na Amazônia. Por quê? O estudo de um ecólogo paulista da Universidade de Kassel (Alemanha), David Lapola, explica o motivo. Segundo ele, se o Brasil cumprir a meta de aumentar a produção de álcool em 35 bilhões de litros e do biodiesel de soja em 4 bilhões de litros até 2020, o provável é que essas duas culturas tomem o lugar das pastagens. Com isso, o gado seria “empurrado”, passando a ocupar cerca de 60 mil km² da floresta amazônica, o que corresponderia ao desmate de uma área maior que a Paraíba. O estudo de David Lapola é polêmico, especialmente em um momento em que o Brasil se destaca como produtor de etanol. Para o pesquisador, as projeções não devem ser vistas como uma má profecia, mas uma ferramenta de estudo para amenizar os impactos. Fonte:Folha Online
.Impactos Ambientais.
Discurso verde
O desenvolvimento sustentável está em alta. Mas até que ponto é só discurso? “Algumas empresas que estão divulgando práticas ‘ambientalmente amigáveis’ em mensagens para o mercado consumidor não revelam seu impacto sobre as florestas”, diz Tracey Campbell. Ela é diretora do projeto liderado pela Fundação Global Canopy – patrocinado pelo governo britânico e por fundações filantrópicas – que está elaborando um sistema de classificação de empresas pelo impacto de seus negócios na preservação de florestas. Entre as atividades que apresentam maior risco estão couro, carne, dendê, madeira e soja – todas direta ou indiretamente ligadas à pressão por desmate em florestas tropicais. As solicitações de dados foram feitas em julho de 2009 e muitas empresas ainda não responderam. O relatório no site lista quais delas não forneceram os dados e quais se recusaram. A maioria das empresas brasileiras citadas no relatório é do setor alimentício. Fonte: Folha Online
.Fertilizantes naturais.
Bom pro solo, bom pro bolso
As leguminosas táxi-branco e ingá, originárias da Amazônia, e a gliricídia, da América Central, são os novos achados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A ideia é transformar essas espécies em adubo verde, alternativa ecológica de melhoria de solos pobres. Segundo os estudos, essas leguminosas têm grande potencial para melhorar as características químicas e físicas do solo e recuperar áreas abandonadas. O táxi-branco é uma leguminosa arbórea que fixa nitrogênio e tem elevada produção de liteira, matéria orgânica formada restos vegetais rica em nutrientes. Já o ingá e a gliricídia são tolerantes a solos ácidos e produzem biomassa. A adubação verde proveniente de leguminosas tem importante papel no estabelecimento dos sistemas agroflorestais, no balanço dos nutrientes e na economia de recursos com a compra de adubos. É uma alternativa interessante para áreas de plantio em processo de degradação e para a agricultura familiar, por não exigir custos altos. Fonte: Portal Ecodebate
.Soluções alternativas.
No calor do esgoto
O papo de que franceses não tomam banho é mito. Não só fazem isso, como mandam para os esgotos da cidade água de duchas, banheiras e lavadoras numa temperatura média entre 15ºC e 20ºC. E essa energia era desperdiçada até a implementação de um sistema que sugere aproveitar os recursos hídricos para aquecer piscinas. Levallois-Perret, situada nos arredores da capital francesa, é pioneira no país no aproveitamento da energia dos esgotos. E o sistema não está só no papel. Para começar, decidiram usar o sistema para aquecer o novo centro aquático que está sendo construído na cidade. Em meados deste mês, o sistema estará pronto. O princípio é simples. Placas de aço inoxidável são fixadas no fundo das tubulações de esgotos equipadas com um líquido especial que capta o calor. É preciso um volume de água mínimo e a região atendia às necessidades. Com este sistema, Levallois-Perret pretende reduzir em 24% os gastos com energia elétrica do parque e 66% as emissões de gases do efeito estufa. Fonte: Folha Online
.Energia.
Bom, bonito e barato
Pesquisadores dos Laboratórios RTI (Scientific Research Development) Institute, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo uma tecnologia de iluminação que poderá substituir as lâmpadas incandescentes e fluorescentes. São as lâmpadas de nanofibras. As fibras dessas estruturas são tão minúsculas que fazem com que elas tenham propriedades elétricas muito diferentes das demais. Além de maior qualidade da iluminação, as novas lâmpadas teriam duas grandes vantagens ecológicas. Em primeiro lugar, elas não contêm mercúrio, metal extremamente nocivo ao meio ambiente. Em segundo, têm uma eficiência energética até cinco vezes maior que as incandescentes normais. Ou seja, reduzem o gasto de energia e agradam o bolso do consumidor. As novas lâmpadas ainda precisam de patrocínio das indústrias para entrar nas lojas. A previsão é de que isso aconteça num prazo de três a cinco anos. Fonte: Inovação Tecnológica