01/03/2010
.Ocupação irregular. Comenta-se por aí Lagoa Santa é, atualmente, palco para uma polêmica que ainda pode render muita discussão. No dia 30 de outubro de 2009, foi aprovado às pressas na Câmara Municipal um Decreto Normativo (DN) que determinava uma mudança no padrão de ocupação em torno da lagoa central. A alteração na legislação sem […]
.Ocupação irregular.
Comenta-se por aí
Lagoa Santa é, atualmente,
palco para uma polêmica que ainda pode render muita discussão. No dia 30 de
outubro de 2009, foi aprovado às pressas na Câmara Municipal um Decreto
Normativo (DN) que determinava uma mudança no padrão de ocupação em torno da
lagoa central. A alteração na legislação sem a realização de audiências
públicas e sem consulta ao Conselho Municipal já era questionável, mas o
problema é ainda maior. A área é tombada como patrimônio natural, o que
significa que em seu entorno não pode haver construções superiores a dois
pavimentos. A DN proposta no ano passado aumenta esse número para cinco, e logo
depois de sua aprovação, uma construtora já apresentou projeto de atuação.
Segundo a vereadora Alice Machado, a empresa já está anunciando a venda de
propriedades e a população se movimenta contra o empreendimento e especula
sobre as motivações da aprovação do decreto. Na última terça-feira, 23, foi
realizada uma reunião na Câmara Municipal explicando a importância da região.
Amanhã será votada uma nova DN para anular a anterior. Fonte: Projeto Manuelzão
.Canalização.
Pena de morte?
Todo verão é a mesma coisa.
A cidade inunda e a culpa acaba ficando com a chuva e com os rios. O Ribeirão
Arrudas já levou sua sentença. A Prefeitura de Belo Horizonte planeja ampliar o
Boulevard Arrudas e abriu licitação para deslocar as obras para a região
nordeste da capital. Dos 23
quilômetros do Ribeirão, sete vão ser canalizados. O
senso comum é de que rio bom é rio enterrado. A matéria publicada no último dia 18 no jornal Hoje em Dia
mostra bem isso: “assim, o Arrudas, símbolo de poluição, enchentes e inundação
na cidade, vai, aos poucos, desaparecendo da paisagem”. Que estão querendo
sumir com o Arrudas, todo mundo sabe. O que ainda falta entender é que
canalizar os rios e sumir com eles da paisagem não vai evitar enchente nenhuma.
Fonte: Projeto Manuelzão
.São Francisco.
Uma pequena réplica
A partir do próximo final de
semana, as visitas ao Zoológico de Belo Horizonte ficarão mais interessantes.
No dia 6, será aberto ao público um aquário que retrata o cenário ao longo da
Bacia do Rio São Francisco. Dentro dele estão 22 tanques com 1.200 peixes de 50
espécies tradicionais da Bacia. Todos foram capturados por biólogos, com
autorização do Instituto Estadual de Florestas e do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e Recursos Naturais. Foi reproduzido nos tanques o mesmo cenário
encontrado no fundo do rio: galhos, troncos de árvore, pedras, feixes de luz e
parte da vegetação coberta pelo curso d’água. A intenção é que os visitantes conheçam
a fauna do São Francisco e atentem sobre a urgência da preservação do rio. O
aquário começou a ser construído em 2006, com recursos provenientes de uma
parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte e o Ministério do Meio Ambiente,
com auxílio de outros contribuintes. Fonte: Amda
.Relatório de
Sustentabilidade I.
Um passo para frente…
Foi apresentado na última
terça-feira, 23, o Relatório de Sustentabilidade 2008, documento preparado pelo
Sistema Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais que contém um diagnóstico da
gestão ambiental no estado. Esse é o primeiro relatório de sustentabilidade
elaborado por um órgão público no Brasil, apontou o subsecretário de Inovação e
Logística da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável, Thiago Alexsander Costa Grego. Analisando 79 indicadores, sendo
nove econômicos, 30 ambientais e 40 sociais, o relatório apontou uma queda de
29,3% no desmatamento no estado no período 2006/07 na comparação com o biênio
anterior. Além disso, em 2008, o estado criou 14 Unidades de Conservação,
somando 84 mil hectares de cobertura vegetal preservada. Segundo Thiago, o
documento mostra os avanços conquistados, mas também os pontos em que é preciso
melhorar, “e a partir disso assumirmos compromissos públicos com metas
definidas”. Fonte: Almg
.Relatório de
Sustentabilidade II.
… mas com um pé atrás
A superintendente executiva
da Associação Mineira de Defesa do Ambiente, Maria Dalce Ricas, reconheceu os
aspectos positivos, como os avanços obtidos na coleta de lixo doméstico, o
zoneamento econômico e ecológico e o controle das barragens. Mas questionou o
“otimismo excessivo” nos dados sobre a criação das 14 Unidades de
Conservação. “Criar uma Unidade de Conservação por decreto não significa
que a área esteja efetivamente protegida”, explicou, alertando que boa
parte dessas unidades encontra-se nas mãos de terceiros. O deputado Sávio Souza
Cruz também se mostrou preocupado com o que ele chamou de “desgaste” do
instituto do licenciamento ambiental. Segundo ele, a preocupação com agilidade
faz com que o licenciamento pareça ser “apenas uma etapa para implementação do
empreendimento”. Sua crítica está relacionada ao crescimento de 78% em
2008 na comparação com 2007 no número de autorizações ambientais concedidas.
Maria Dalce completou afirmando que “o governo carece de criticidade
quando se trata de licenciamento para obras públicas”. Fonte: Almg
.Biocombustíveis.
Uma cajadada só
Países emergentes podem se
valer da necessidade mundial por energia limpa para se desenvolverem
economicamente. Como? A resposta está nos biocombustíveis de segunda geração –
aqueles fabricados a partir de resíduos agrícolas. Segundo especialista da Agência Internacional de Energia, Dider Houssim, só no
setor de transportes espera-se que a demanda por biocombustíveis salte de 1,7%
para 9% em 2030. Para atender a esse crescimento, os países pobres podem
utilizar a grande quantidade de resíduos gerados pela agricultura e
silvicultura para produzir diesel, etanol ou gás sintético. Além de contribuir
para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, os biocombustíveis de
segunda geração devem alavancar o setor agrícola nos países em desenvolvimento,
torná-lo mais produtivo e melhor integrado aos mercados mundiais. Fonte:
Ecodebate
.Rádio para mobilização.
Nas ondas do São Francisco
Duzentos moradores de cinco
municípios da Bacia do Rio São Francisco vão produzir e veicular seus próprios
programas de rádio sobre meio ambiente em suas regiões. Os cursos começam a
partir do dia 1º de março, com temas relativos à educação ambiental e
revitalização de bacias. Arcos (MG), Barreiras (BA), Afogado da Ingazeira (PE),
Propriá (SE) e Pirapora (MG) são os municípios que recebem a partir dessa
semana o projeto “Nas ondas do São Francisco”, desenvolvido pelo Ministério do
Meio Ambiente. Por meio de spots de rádio feitos pela comunidade, o programa
busca sensibilizar a população para a participação social na gestão ambiental
local, além de estimular a adoção de ações socioambientais no dia a dia,
levando em consideração suas relações com os rios e com sua bacia hidrográfica.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
.Rádio Manuelzão.
Queda de braço
A luta pela Serra do
Gandarela continua. A região, que fica entre a Serra do Curral e a Serra do
Caraça, sofre pressão para a implantação de uma mina de minério de ferro da
empresa Vale, o Projeto Apolo. Ao mesmo tempo, está em andamento o processo de
criação do Parque Nacional da Serra do Gandarela. Um projeto impede o outro.
Quem vai levar a briga? Escute
o programa de rádio no nosso site!