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09/03/2010

.Vetor Norte I.

De casa nova…

…com problemas antigos. Na
última quinta feira, dia 4, foi inaugurada a Cidade Administrativa Presidente
Tancredo Neves, sede a partir de agora do governo de Minas. A preocupação é que
essa estrutura traga para a região os mesmos impactos de outros grandes
empreendimentos construídos no Vetor Norte: especulação imobiliária, aumento do
fluxo de pessoas, degradação da região cárstica. Segundo o governo estadual,
foram levadas em conta questões como tratamento de resíduos, ruídos e
preservação do entorno durante as obras. Os edifícios construídos são definidos
como “Prédios Verdes” e prometem ter consumos reduzidos de água e energia. Para
a Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente (Amda), o trabalho ainda deixa
a desejar. Faltam ações para a criação do Sistema de Áreas Protegidas (SAP),
conjuntos de unidades de preservação que servem como uma das condicionantes
para a Cidade Administrativa. O prazo para a instalação do SAP termina em
outubro. Fontes: Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais e Amda

 

.Vetor Norte II.

Agora vai?

Não foi só festa o que se
viu nas bandas da Cidade Administrativa semana passada. Representantes da
Semad, Infraero, Comitê da Subbacia do Ribeirão da Mata, Projeto Manuelzão e
outros órgãos se reuniram pra debater educação ambiental na última terça-feira.
A ideia é discutir ações integradas para projetos de educação ambiental no
entorno do Aeroporto Tancredo Neves (Confins) e da Área de Proteção Ambiental
Carste Lagoa Santa. Serão feitas oficinas de capacitação para professores das
escolas da região. Também são pensadas parcerias entre poder público, escolas e
empresas. Uma das propostas é usar o material ecopedagógico sobre a região
cártisca desenvolvido pela Semad como base para os trabalhos. O lançamento
dessa cartilha está previsto para o dia 28 de abril. O trabalho com educação
ambiental na área cárstica é uma condicionante para o Aeroporto, que funciona
desde 1984. Fonte: Projeto Manuelzão

 

.Esgoto.

Pontapé inicial

Belo Horizonte vai receber
um dos maiores eventos esportivos do mundo: a Copa. Pensando em 2014, a prefeitura de BH já
pensa em como despoluir a Lagoa da Pampulha, cartão-postal da cidade. Técnicos
analisam uma nova tecnologia de despoluição rápida: seis grandes embarcações
que sugam a água e tratam o material, reduzindo nutrientes e metais e
eliminando coliformes fecais e odores. Duas das embarcações devem ficar 24
horas por dia na foz dos Córregos Ressaca e Sarandi, tratando o esgoto que vai
para a lagoa. Com investimentos de R$ 50 milhões, a expectativa é de que em
três anos a Lagoa da Pampulha esteja limpa. E depois da Copa? As embarcações
vão continuar tratando o esgoto que não para de cair na lagoa? Fonte: Portal Uai

 

.Preservação
Ambiental?.

Um Velho
Chico diferente

Já está
aberto ao público o aquário que retrata o cenário ao longo da Bacia do São
Francisco. Localizado no Zoológico de Belo Horizonte, o aquário reune 1.200
peixes de 50 espécies tradicionais da Bacia. Nos tanques, foi reproduzido o
cenário encontrado no fundo do rio: galhos, troncos de árvore, pedras, feixes
de luz, parte da vegetação coberta pelo curso d’água e os peixes – apesar que
estes estão cada vez mais raros em seu habitat natural. A intenção é que, com o
aquário, os visitantes possam conhecer a fauna do São Francisco e atentar sobre
a urgência da preservação do rio. Mas não seria melhor se todos pudessem
visitar os peixes em seu habitat natural? É isso que defende o idealizador do Projeto
Manuelzão, Apolo Heringuer, em artigo sobre o aquário: “precisamos lutar com muita energia
para salvar todos os rios do planeta Terra, e levar as crianças para conhecerem
os peixes como realmente devem ser conhecidos: em liberdade”. Fonte: Projeto
Manuelzão

 

.Caatinga.

Antes que acabe

A Caatinga foi colocada em
pauta no I Encontro Nacional de Enfrentamento da Desertificação, encerrado no
último dia 5, e m Petrolina (PE) . Representantes dos ministérios, de governos
estaduais e municipais, do setor produtivo, da comunidade científica e da
sociedade civil se reuniram para discutir os problemas sócio-ambientais
enfrentados pelo Semiárido brasileiro. Da discussão foi estabelecida uma agenda
político-institucional com 90 propostas para o desenvolvimento sustentável da
região. Fonte: Ministério do Meio Ambiente

 

.Etanol.

Bom ou ruim?

Degradação
ambiental e violação aos direitos trabalhistas e indígenas. Estes foram os
impactos da safra 2009 da cana-de-açúcar analisados no relatório do Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, a produção brasileira foi de
612,2 milhões de toneladas no ano passado. Mas o aumento da produção de cana e
etanol mostra pouco comprometimento socioambiental. De acordo com o Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais, em Minas, Goiás, Paraná, Mato Grosso do Sul e
Mato Grosso, culturas alimentares perderam área para a cana nos últimos anos e
estima-se que milhares de hectares de Cerrado nativo podem
ser convertidos em
plantação. Em 2009, 1.911 trabalhadores escravos foram
libertados no setor da cana em seis estados, inclusive Minas. Além disso,
segundo o Ministério Público Federal, há 16 usinas nos municípios
sul-mato-grossenses onde existem terras delimitadas pela Fundação Nacional do
Índio. Fonte: Portal Ecodebate

.Educação Ambiental.

Peças importantes

Existem
no Brasil cerca de 200 mil catadores de lixo vivendo em situações de exclusão
social. Esse dado é de um levantamento feito pela Faculdade de Saúde Pública da
Universidade de São Paulo (USP), em 2006. Apesar de realizarem um trabalho de
grande importância socioambiental, a maioria não consegue suprir suas
necessidades básicas e enxergar a importância do trabalho que realizam. Com
vistas nesse problema, a educadora ambiental Angela Martins Baeder aprofundou o
tema em sua tese defendida na USP. O estudo contou com a participação de associações de
moradores e analisou três projetos educativos, identificando elementos para a
superação das precárias condições de vida, de trabalho e discriminação vivida
por grande parte dos catadores. Um dos resultados mais importantes foi ampliar
a autovalorização desses trabalhadores, que também passaram a perceber a
necessidade de se organizarem para o mercado de trabalho. Fonte: Portal Ecodebate

 

.Rádio Manuelzão.

Não acabou

Não é
porque chegamos a 2010 que o trabalho de revitalização do Velhas terminou.
Falta um bocado: aumentar o tratamento de esgoto, garantir continuidade das
ações… Quer saber mais sobre o que acontece com a Meta 2010 depois deste ano?
Escute o programa de rádio desta semana! Como estamos reformulando o site,
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