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07/12/2011

.Destaque da semana.

“Ainda nos resta
a presidente Dilma, porque ela assumiu o compromisso de que vetaria qualquer
dispositivo que significasse aumento de desmatamento e anistia para os
desmatadores”

Ex-ministra Marina Silva, sobre o Código
Florestal. O texto-base foi aprovado no
Senado ontem, dia 6. As alterações serão analisadas mais uma vez
pela Câmara, no ano que vem.  

 

. Saneamento.

Outro olhar

A
pesquisa Intervenções de saneamento
básico em áreas de vilas e favelas da Região Metropolitana de Belo Horizonte,
foi um dos vencedores do prêmio Jovem Cientista que aconteceu ontem, dia 6. Neste
ano, o prêmio Jovem Cientista abordou questões ligadas à sustentabilidade nas
cidades. O estudo da aluna da UFMG, Uende Aparecida Figueiredo Gomes, fez uma
comparação entre experiências de saneamento nas vilas Nossa Senhora de Fátima,
em Belo Horizonte, Ipê Amarelo e Nova Esperança, em Contagem. O objetivo era
desenvolver projetos que ampliem o acesso ao abastecimento de água e
esgotamento sanitário. A pesquisa concluiu que a desinformação e a desigualdade
social refletem nas intervenções em saneamento básico. Fonte: UFMG 

 

. Resíduos sólidos.

Ver para crer

A Prefeitura de Belo Horizonte instituiu uma legislação para controlar problemas
relacionados à produção de mais de 4,5 mil toneladas de resíduos por dia. Na última segunda, dia 5, a Câmara Municipal recebeu dois Projetos de Lei que regulamentam a limpeza urbana, a coleta de lixo e a deposição de entulho. Quem descumprir as leis pagará de R$ 128,12 a R$ 3.843,47 de multa. A administração municipal
ainda não explicou como pretende solucionar a expansão da coleta seletiva, que abrange
apenas 14% da população. Segundo o coordenador e idealizador do Projeto Manuelzão, Apolo Heringer, a prefeitura não deve destinar os resíduos ao aterro sanitário, pois “dessa forma, BH nunca vai definir uma política de coleta seletiva eficiente”. Ainda não há prazo para o texto entrar na pauta da Câmara. Fonte: Estado de Minas

 

.Cerrado.

Sem o devido valor

Monitoramento realizado pelo Ibama indica redução de 51,16% da vegetação nativa do Cerrado, segundo maior bioma da América do Sul, em 2009, para 50,84% em 2010. Entretanto, de acordo com engenheiro florestal e superintendente da Fundação Pró-Natureza, César Victor do Espírito Santo estão intactos apenas 20% do bioma. No Cerrado encontram-se nascentes das três maiores bacias hidrográficas do continente: Amazônica-Tocantins, São Francisco e Prata. A lei brasileira permite o desmate de oito em cada dez hectares das propriedades rurais no Cerrado, enquanto na Amazônia é permitido desmatar dois em cada dez hectares de floresta. Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma mais agredido com a ocupação humana. Fonte: AMDA  

 

.Código Florestal.

Admitindo um erro

Em entrevista coletiva na conferência do clima de Durban, na África do Sul, o secretário nacional de Mudança Climática, Eduardo Assad, afirmou que “há áreas que serão reflorestadas e áreas que serão desmatadas” no Código Florestal em tramitação. As estimativas ainda são preliminares, mas há pelo menos uma proposta que promove desmatamento: a redução da reserva legal em estados que tenham mais de 65% de sua área coberta por unidades de conservação e terras indígenas. Isso poderia levar ao desmatamento de 800 mil hectares somente no Amapá. Fonte: Folha Online

 

.Desmatamento.

Compensação?

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, a taxa de desmatamento da Amazônia (6.238 km²) é a menor desde 1988. Com a devastação em queda, o governo quer investir na recuperação de áreas desmatadas já em regeneração. Cerca de 20% dessas regiões são ocupadas por vegetação secundária e podem ser utilizadas como “escoadouros” de carbono, pois funcionam como absorvedoras de dióxido de carbono, principal gás causador do efeito estufa. Fonte: Agência Brasil

 

.Opinião.

Não foi por falta de aviso

“Não
estamos interessados na continuidade da Transposição, mas na aplicação dos
recursos no que deve ser feito, priorizando as populações efetivamente
necessitadas”, defende o articulista do portal EcoDebate, Roberto Malvezzi. Em
seu artigo, ele
lembra que a sociedade alertou que a transposição das águas do Rio São
Francisco priorizaria mais os “grandes interesses” do que as comunidades que
sofrem com a falta d’água. Agora, anos depois de iniciada, a obra vem
comprovando as preocupações presentes desde o início: as obras estão
paralisadas, as comunidades foram mal indenizadas e já se gastou R$ 3,5
bilhões.

 

.Serviço.

Fim de ano ecológico

O
Centro Mineiro de Referências em Resíduos já divulgou a programação de dezembro
para as oficinas dos programas Portas
Abertas e Cozinha Experimental.
Entre as atividades está a produção de caixas de presente com embalagens tetra
pak, oficinas de sabão caseiro e aproveitamento integral dos alimentos com
receitas para as festas de fim de ano. Os cursos acontecem entre os dias 12 e
21 e têm horários variados. Veja a
programação e inscreva-se gratuitamente.