A Expedição “Rio das Velhas, te quero vivo” chega a Acuruí, distrito de Itabirio, nestasegunda-feira

30/05/2017

Os cinco caiaqueiros partiram de São Bartolomeu, em Ouro Preto, e navegaram até a Ponte do Maracujá, próxima à comunidade.

Canoítas e
mobilizadores do Projeto Manuelzão e do Comitê de Bacias Hidrográficas do Rio
das Velhas chegaram, nesta segunda-feira (29), à pequena comunidade de Acuruí.
Localizada à 25km de Itabirito, o vilarejo possui cerca de 400 habitantes e
margeia o Rio das Velhas.

Os cinco
caiaqueiros partiram de São Bartolomeu, em Ouro Preto, e navegaram até a Ponte
do Maracujá, próxima à comunidade. Durante as 6 horas de navegação, os
expedicionários ficaram imersos na realidade das águas e puderam perceber as
características de cada ponto que percorreram. O morador de São Bartolomeu e
coordenador geral do Subcomitê de Bacia Hidrográfica Nascentes, Ronald Guerra,
o Roninho, participou da descida e ficou surpreso com o que viu. “O nível da
água está muito baixo, o que é estranho nessa época do ano”, contou.

Simultaneamente
à navegação, a equipe de mobilizadores se reuniu na cidade e realizou
atividades com os moradores, sobretudo os alunos da Escola Municipal de Acuruí,
para propor uma reflexão e conscientização da população acerca da importância
de se preservar as águas. Para Vovó Maria, aposentada e moradora do vilarejo, a
Expedição é de suma relevância para que o
rio continue vivo. “Ele é um bem muito precioso para a população,
principalmente para aquelas que vivem próximas a rios. Ações como essa podem
salvar a natureza!”, afirmou.

 Intervenção em APP

As matas
ciliares são consideradas áreas de proteção permanente, segundo o a lei do
Código Florestal. Seu nome se deriva da relação metafórica feita entre os
nossos cílios e a vegetação à margem dos rios: ambas são essenciais para a
proteção dos olhos e das águas. Ainda no Código, delimitam-se áreas de
florestas a serem mantidas nas margens de mananciais, com um mínimo de 30
metros, variando apenas de acordo com a largura de cada um.

Durante o
primeiro dia de navegação, já foi possível observar o não cumprimento dessa lei
tão importante. Próximo ao último trecho percorrido pelos canoístas, a água
começou a ficar turva e barrenta em uma área onde essas características não são
normais. O motivo foi descoberto na última curva: uma pequena mineração de
areia foi instalada nas margens do Velhas. “Fiquei surpreso, pois isso é
recente. Como vamos ter um rio se as APPs não são respeitadas?”, indagou
Roninho.

O piscicultor e
integrante do Projeto Manuelzão, Erick Sangiorgi, enfatizou que uma denúncia
sobre essa mineração será feita para a Polícia do Meio Ambiente.

 

 

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