A nova edição da Revista Manuelzão já pode ser adquirida e lida via digital no site do Projeto

11/12/2017

A edição pode ser adquirida nas Drogarias Araújo, Campus UFMG, parques de Belo Horizonte e repartições públicas.

SINAIS DO TEMPO

Rios que morrem. Pessoas também morrem,
mas pela brutalidade e insensatez. Estamos falando de uma crise de valores no
qual a vida cada vez vale menos.

 Por que teimamos em precificar as
coisas. Por que acreditamos numa cultura onde somente tem valor aquilo que
definimos como capital? E assim, daquilo que nos é dado por generosidade da
natureza como as águas, os rios, o ar, a biodiversidade, e a vida, de tão
essencial passa a não ter valor por si?

Banalizadas, estas dádivas são
destruídas e a vida perde o sentido. O sentido agora é o dinheiro, o lucro, a
ganância, a exclusão social que nos expõe e nos deixa vulneráveis a miséria
humana. Para mudar essa realidade, temos que conseguir unir as pessoas de bem e
construir novos modelos de organização em que o maior princípio ético seja a
valorização da vida.

Que a corrupção, as drogas, a
violência, as discriminações e a destruição da natureza sejam banidas da
sociedade, que justa irá finalmente entender o sentimento coletivo e comum da
solidariedade como caminho para unir pessoas e ideologias.

Neste sentido, construímos o 3º
Encontro de Revitalização de Rios para propiciar as experiências daqueles que
continuam acreditando que é possível revitalizar os rios e a sociedade. Neste
contexto, é fundamental repensarmos estratégias e ações concretas para tornar
nossos rios mais fortes para que sobrevivam aos ataques constantes as suas
nascentes, leitos e calhas. Para que eles não se tornem meros livros – do que
já foram – empoeirados nas prateleiras das bibliotecas.

É necessário mudar esta realidade
que já começa a se tornar realidade, em pequenos, mas grandes passos, como a
Escola Ecológica, em Itabirito. Em tom de reformas urgentes e construídas com e
através da sociedade, a Carta do Fórum de Comitês, surge também, nesta edição, como
um alerta e uma voz para a preservação das bacias hidrográficas, territórios
naturais e sem limites que são bases para rios vivos.

Por fim, é urgente, mudar essa
cultura da ‘morte’, esse sentimento de perda constante que temos no campo
político, econômico, social e ambiental e construir, como era o sonho do nosso
saudoso professor Antônio Leite Raddichi – assassinado recentemente -, uma
sociedade justa, sem violência e que defenda seu bem mais precioso, a natureza,
e com ela, a vida.

A ele, um grande abraço para
sempre.

Editorial – Revista Manuelzão 81 

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