Ambientalista se apresenta no último dia do Encontro e afirma que: “Mineração amputa territórios e sua biodiversidade”

01/12/2017

“Lutar pelo meio ambiente hoje é uma questão de sobrevivência”, disse Teca ao ressaltar que “Temos o direito legitimo de dizer não a mineração desenfreada”.

Em meio aos protestos e de falas
contundentes contra a mineração a qualquer custo no Estado de Minas, terminou neste
dia 30 de novembro, o 3º Encontro Internacional de Revitalização de Rios e I
Encontro das Bacias Hidrográficas de Minas Gerais.

De acordo com a ambientalista e
integrante do Movimento pela Serra do Gandarela, Maria Tereza Corujo, a mineração
amputa territórios e a biodiversidade do local. “Não podemos desistir de lutar
por lugares, pelas águas e a biodiversidade. O modelo econômico voraz imposto
pelo capital tem que acabar. È necessário que a sociedade seja ouvida. Está em
risco Minas Gerais”, afirmou.

 Ainda segundo ela, o Parque
Nacional da Serra do Gandarela foi descaracterizado e não condiz com o que foi
proposto pela população local e os ambientalistas. “Nossa luta é pelas águas
deste lugar e pela preservação de suas belezas naturais. O que fazemos quando
indagamos e lutamos por esses locais, não são ‘picuinhas’, como quiseram dizer
integrantes das indústrias e da mineração, mas um direito. Temos o direito de
lutar por nosso meio ambiente”, disse.

“Lutar pelo meio ambiente hoje é uma
questão de sobrevivência. Como será o futuro?”, questionou Teca ao ressaltar
que “Temos o direito legitimo de dizer não a mineração desenfreada”.

Barramentos e a perfuração de
poços

O Professor Demetrius David da
Silva, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), também palestrou e questionou
as duas principais práticas adotadas no Brasil durante os momentos de escassez:
a construção de barramentos e a perfuração de poços artesianos. Para ele, se elas
foram feitas sem critério, podem agravar a situação.

“Os barramentos, por exemplo,
atuam no efeito do problema, não na causa. O efeito é que, como não há
infiltração da água nos solos, ela escoa e fica armazenada no barramento. Mas a
causa é o excesso do escoamento que decorre da degradação das bacias, tanto nas
áreas urbanas, quanto nas áreas rurais”. De acordo com o professor, para mudar
essa realidade é fundamental a adoção de práticas conservacionistas do solo
para garantir resultados na qualidade da água.

Sinclinal Moeda

O Sinclinal Moeda também foi apresentado
por Danilo Almeida, da Water Services Brasil. Ele apresentou um Estudo
hidrogeológico da aba oeste do Sinclinal Moeda, sistema montanhoso com grandes
reservas de água subterrânea que começa ao sul de Belo Horizonte, na divisa com
Nova Lima, e segue até Congonhas.

 

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