Após anos de espera, alguma Justiça a quem perdeu Antônio LeiteProjeto Manuelzão

Após anos de espera, alguma Justiça a quem perdeu Antônio Leite

09/04/2020

Professor Antônio Leite Alves Radicchi, integrante da Faculdade de Medicina e do Projeto Manuelzão, foi assassinado em 2017, após assalto. O responsável foi condenado a mais de 27 anos de prisão.

O juiz José Xavier Magalhães Brandão, condenou, terça-feira (31), o réu A.S.F, a mais de 27 anos de prisão pelo roubo seguido de morte do médico e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Antônio Leite Alves Radicchi, na época com 60 anos. O crime aconteceu no dia 13 de novembro de 2017, dentro de um ônibus da linha 9805 (Renascença/Santa Efigênia), na altura do bairro Bonfim, na Região Noroeste de Belo Horizonte.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o acusado estava armado com uma faca e roubou uma mochila, um iPad e um iPhone de Antônio Radicchi. Para fazer com que a vítima soltasse a mochila com os pertences, o acusado o esfaqueou 10 vezes.

Ainda de acordo com a denúncia, a Polícia Militar foi acionada e localizou autor e, com ele, os objetos do médico. Após a prisão, na delegacia, o acusado disse que os aparelhos pertenciam à sua companheira, mas quando a policial que a revistou pediu que ela desbloqueasse os aparelhos para comprovar a propriedade, não atendeu à solicitação.

O processo foi desmembrado e com prazo de prescrição suspenso em relação à companheira do réu, D.M.G.S. Ela é acusada do crime de assalto.

Antônio Leite Alves Hadicchi também fazia parte do Projeto Manuelzão que estuda processo de revitalização da bacia do Rio das Velhas.

Ele era graduado em Medicina pela UFMG e doutor em medicina preventiva pela Universidade de São Paulo (USP). Radicchi era professor desde 1980. De acordo com a UFMG, ele foi chefe do Departamento de Medicina Preventiva e Social por dois mandatos, membro da Congregação da Faculdade e coordenador do Centro de Extensão e do Internato em Saúde Coletiva, conhecido como Internato Rural. Ele ainda era membro do Conselho Diretor do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (Nescom).

Com informações do portal G1.

O projeto Manuelzão sabe que nada poderá reparar a dor da perda do professor Antônio Leite,  para familiares, amigos e companheiros no trabalho e pela vida. Mas, também reconhece a importância deste sinal, ainda que tardio, de uma mínima Justiça.

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