Apresentação do Projeto de Educação Ambiental do Pró-Mananciais na Bacia do Rio das VelhasProjeto Manuelzão

Apresentação do Projeto de Educação Ambiental do Pró-Mananciais na Bacia do Rio das Velhas

25/04/2022

Projeto consolida uma parceria entre Projeto Manuelzão da UFMG e o Pró-Mananciais da Copasa, envolvendo o Programa Chuá Socioambiental

[Matéria publicada nas páginas 3 e 4 da Revista Manuelzão Edição Especial Pró-Mananciais. Republicamos aqui com algumas edições para adaptar o texto ao formato do site. Acesse todas as edições da Revista Manuelzão neste link.]

Este projeto consolida uma parceria entre Projeto Manuelzão da UFMG e o Pró-Mananciais da Copasa, envolvendo o Programa Chuá Socioambiental.

A proposta pedagógica de mobilização com as escolas gira em torno de uma série de ações que buscam debater a sustentabilidade socioambiental, com foco na proteção dos mananciais de abastecimento e do saneamento ao longo da Bacia do Rio das Velhas, principalmente no Alto Rio das Velhas.

O Alto Rio das Velhas compreende a região denominada Quadrilátero Ferrífero-Aquífero, tendo o Município de Ouro Preto como o limite ao sul e os municípios de Belo Horizonte, Contagem e Sabará como limite ao norte.

O convite aos professores, como agentes conhecidos pela contribuição no campo da educação ambiental, à proposta de compartilhar saberes, é fundamental para que possamos trabalhar como aliados nessa construção contínua, uma vez que projetos surgem a partir do desejo de mudança: mudar a realidade na qual vivemos e resolver um problema para alterar uma situação. Construir, a partir das ideias, propostas para as ações.

O projeto em questão leva em consideração importantes inovações e apresentará um leque de opções aos professores, de forma que a educação ambiental permita novas metodologias, novas formas de comunicação e integração de tecnologias e linguagens e participação que envolva a escola, proporcionando ideias de organização social. Por isso, a educação ambiental é importante, porque estabelece conexões e desperta o interesse entre todos e em cada um deles.

Através da ciência interativa, com exposições itinerantes sobre qualidade da água, biodiversidade, bioindicadores, saúde e ambiente, além da apresentação da maquete da bacia hidrográfica, os alunos poderão vivenciar conceitos relacionados aos temas mencionados.

Para engajamento e sucesso do projeto de educação ambiental sobre a importância dos corpos hídricos e de suas recuperações, contamos com o apoio de todos educadores, para unirmos forças e ganharmos mais aliados na luta por uma visão ecossistêmica das águas, dos rios e da vida.

A bacia hidrográfica

A bacia hidrográfica permite integrar natureza, história e relações sociais, possibilitando que um complexo sistema social seja referenciado na biodiversidade dos corpos d’água da bacia. Nesse recorte territorial, são mais visíveis os múltiplos impactos das ações humanas sobre o meio ambiente, a partir da análise da qualidade de suas águas. Nessa mesma ótica, as ações positivas também terão seus impactos visualizados através dos cursos d’água.

A partir do binômio mobilização/educação, adotado na transformação da realidade, contribui-se para o estabelecimento de uma nova relação homem-natureza, relacionando o meio ambiente à cidadania e visando ao desenvolvimento econômico, socialmente justo e sustentável. Adotou-se a perspectiva da construção de parcerias, na tentativa de superação de conflitos e com fundamento na compreensão de que é necessária uma ampla união para construir essa proposta de desenvolvimento sustentável, que seja vastamente pactuada pela sociedade civil, empresas e governos.

O meio ambiente é um espaço propício para o exercício da solidariedade, da democracia e da parceria para a superação dos problemas ambientais, sociais e econômicos. Um projeto de educação ambiental deve estar fundamentado numa nova concepção ética de sociedade, na reflexão e reforço dos seguintes valores: qualidade de vida, solidariedade, inclusão social e cidadania; sendo todos esses centrados na valorização da vida, que deve ser pensada como o maior bem de que dispomos.

Os professores desenvolverão seus projetos específicos, que levarão à obtenção da certificação “Escola Amiga do Rio das Velhas”.

As ações do Colmeia Educação têm vínculo direto com os ODS

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável em setembro de 2015, composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030. Nessa agenda, estão previstas ações mundiais nas áreas de erradicação da pobreza, segurança alimentar, agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura, industrialização, entre outros.

Embora saibamos a dificuldade política de transformar essas metas em ações e programas públicos, ainda assim é fundamental, enquanto sociedade, conhecê-las e cobrar o seu cumprimento.

Quais são as metas até 2030 dos ODS?

Os ODS são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas. Imagem: ONU.

ODS 6.2 – alcançar o acesso a saneamento e higiene adequados e equitativos para todos, e acabar com a defecação a céu aberto, com especial atenção para as necessidades das mulheres e meninas e daqueles em situação de vulnerabilidade.

ODS 6.3 – melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando despejo e minimizando a liberação de produtos químicos e materiais perigosos, reduzindo à metade a proporção de águas residuais não tratadas e aumentando substancialmente a reciclagem e reutilização segura globalmente.

ODS 6.4 – aumentar substancialmente a eficiência do uso da água em todos os setores e assegurar retiradas sustentáveis e o abastecimento de água doce para enfrentar a escassez de água, e reduzir substancialmente o número de pessoas que sofrem com a escassez de água.

ODS 6.5 – implementar a gestão integrada dos recursos hídricos em todos os níveis, inclusive via cooperação transfronteiriça, conforme apropriado.

ODS 6.6 – proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água, incluindo montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos e lagos.

ODS 6.b – Apoiar e fortalecer a participação das comunidades locais, para melhorar a gestão da água e do saneamento.

Veja que muitos destes objetivos estão inseridos na Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei 9433/1997) e na concepção dos Comitês de Bacias, que têm de ser fortalecidos e contar com o apoio e participação da sociedade. Pretendemos que também as escolas trabalhem estes objetivos no projeto pedagógico.

 

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