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Até quando? Barragem de ouro rompe no Mato Grosso

01/10/2019

Empresa emitiu Declaração de Condição de Estabilidade em 25 de setembro

Mais uma vez, a mineração prova a instabilidade de suas estruturas, da pior maneira possível. Uma barragem de rejeitos de exploração de ouro rompeu nessa terça-feira (01), no Mato Grosso. Abarragem TB01, de responsabilidade da empresa VM Mineração e Construção Eireli EPP, se rompeu no município de Nossa Senhora do Livramento, em Mato Grosso, deixando dois funcionários feridos.

A empresa havia emitido Declaração de Condição de Estabilidade em 25 de setembro deste ano.

Os rejeitos provenientes de lavra de ouro escoaram por uma área de vegetação no local, derrubando um poste de alta tensão que atende a região. A Defesa Civil descarta a necessidade de desocupar a cidade, que fica a 30 quilômetros de distância. No cadastro da Agência Nacional de Mineração (ANM), a barragem era considerada de baixa categoria de risco e com baixo dano potencial.

A barragem, com 15 metros de altura, continha 582 mil metros cúbicos de rejeito, quando cedeu. A denúncia foi feita por volta das 9h pelos próprios moradores. “Pelo que foi possível observar, o material escoou por uma área que varia de 1 a 2 quilômetros, a partir do pé do talude onde ocorreu a ruptura do barramento”, diz o boletim da Agência.

A quem pertence a barragem?

No cadastro da Agência Nacional de Mineração, a barragem está registrada em nome de Marcelo Massaru Takahashi. Takahashi é sócio da empresa VM Mineração e Construção Eireli EPP. Por telefone, à Época Negócios, a empresa confirmou o vínculo com a barragem rompida.

Segundo a ANM, inspeções regulares desde setembro de 2018 não registraram qualquer anomalia. Em 25 de setembro de 2019, a empresa enviou Declaração de Condição de Estabilidade, assinada por um responsável técnico habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA/MT) e pelo proprietário.

Segundo a ANM, uma equipe da empresa está construindo uma contenção para evitar que os rejeitos avancem por uma área ainda maior. A Agência interditou e autuou o empreendimento, e avalia se há outros riscos no local.

Fonte: Época Negócios

 

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