Atividade educativa aos vizinhos do Capão

18/04/2018

No último domingo (5), Dia Mundial das Boas Ações, moradores do entorno do Córrego do Capão, em Venda Nova, desenvolveram atividades socioambientais propostas pela equipe do Núcleo Capão.

A terceira edição do “Abrace o Parque do
Capão” reuniu cerca de 50 pessoas da comunidade.

O grupo, formado pelo Núcleo, moradores, por
professores, ambientalistas e arquitetos, plantou 15 mudas de árvores nativas, em
uma APP (Área de Proteção Permanente) com o intuito de recompor a flora da
região degradada e, consequentemente, proteger as muitas nascentes que se
encontram indefesas.

Nos arredores da área o mutirão fez uma
contenção de pneus para impedir o descarte de lixo, prática frequente no
ambiente. A comunidade se prontificou a cuidar do espaço e fiscalizá-lo para
garantir o sucesso das duas ações e manter a área livre da destruição e da má
educação.

Para Roseli Corrêa, professora e conselheira do SCBH Ribeirão Onça (Sub Comitê
da Bacia Hidrográfica),  “a ação educativa se
coloca como importante ferramenta para o entendimento das pessoas que vivem em
vulnerabilidade social. O diálogo com a comunidade consegue sensibilizar as
pessoas  e joga luz em cima do córrego”.
O Capão, em seu percurso de 2,7 km, vem sendo desrespeitado e depredado. Roseli
conta que 20 anos atrás, o córrego era utilizado para a pesca e o nado. “Em
pouco tempo uma mudança significativa ocorreu, pra pior”. Hoje em dia, esgoto e
lixo são jogados, indiscriminadamente, em seu leito.

Presente na mobilização, a arquiteta e urbanista Priscila
Melo Rodrigues, falou, novamente, sobre seu projeto para implementação de um
Parque Linear voltado para a requalificação urbana. Priscila, que também
integra o Núcleo Capão, pontua que “a proposta do parque é manter o leito
natural do córrego, recompor a mata ciliar, reduzir os níveis de inundações,
implantar equipamentos de lazer e esportes e propiciar a locomoção de espécies
da fauna presentes na região. A ideia é transformar as áreas verdes fragmentadas
em corredores ecológicos ao longo de todo percurso do córrego”.

Educação,
cultura e arte

A Escola Estadual Menino Jesus de Praga foi
escolhida estrategicamente como ponto de encontro e inicio das atividades. Segundo Roseli, “o ambiente escolar propicia o envolvimento dos docentes, sendo esses, importantes multiplicadores
da ideia de consciência ambiental.  A população, em sua maioria
ribeirinha, acredita que a canalização do córrego seja a solução para os
problemas ambientais locais.  

As conversas esclarecedoras começaram no pátio
da escola, onde foi servido um café da manhã ao som da banda Autogestão, que despertou
a curiosidade da vizinhança, levando mais pessoas a participar do evento.

Otimista,
a professora e ambientalista Roseli Corrêa, acredita que o diálogo com os
estudantes e comunidade desperte-os para a importância da águas,  para a valorização da memória territorial,
para o “ser sustentável”, saindo do local e alcançando o global.

 

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