Anfíbios e répteis ameaçados por projeto de mineração na Serra do Curral - Projeto ManuelzãoProjeto Manuelzão

Anfíbios e répteis ameaçados por projeto de mineração na Serra do Curral

30/04/2021

Previsão de impacto de fauna do Complexo Minerário Serra do Taquaril, que a Taquaril Mineração pretende instalar na Serra do Curral

Nas últimas semanas, temos abordado o projeto do Complexo Minerário Serra do Taquaril (CMTS), megaempreendimento que a Tamisa (Taquaril Mineração S.A.) quer instalar na Serra do Curral, moldura da capital mineira e que, caso aprovado, trará consequências irreparáveis para a qualidade de vida de milhões de pessoas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), além de enormes e irreversíveis danos à fauna, à flora e às riquezas hídricas da região.

Segundo o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do projeto, avaliação exigida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) no processo de licenciamento ambiental de empreendimentos de alto impacto, foram registradas um de total 26 espécies de anfíbios anuros pertencentes a nove famílias e 12 espécies de répteis pertencentes a oito famílias.

Entre os anfíbios foram encontradas espécimes de rãzinha-da-mata, rã pimenta, rã assoviadora, sapo cachorro, sapo de chifres, perereca verde, perereca-ferreira, perereca-de-vidro, entre outras espécies. Dez espécies são consideradas relevantes para a conservação e bioindicadoras de qualidade ambiental. Duas delas são endêmicas do Quadrilátero Ferrífero, outras duas são de distribuição restrita às regiões serranas da Mata Atlântica de Minas Gerais e, por fim, duas são endêmicas de Mata Atlântica e regionalmente raras. Veja as espécies na galeria abaixo:

Já entre os répteis foram encontrados espécimes de lagartinho da mata, camaleão, lagarto-liso, lagarto-verde, calango, caninana, cobra-bicuda, falsa-coral, jararaca, entre outros.

Entre as espécies de répteis, quatro são endêmicas da Mata Atlântica, sendo três delas regionalmente raras. De maneira geral, lagartos e serpentes são indicadores de saúde ambiental, devido à posição intermediária que ocupam nas redes tróficas, atuando hora como predadores, hora como presas. Veja as espécies na galeria abaixo:

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