Coleta de água no rio das Velhas preocupa

27/06/2014

A maioria dos rios brasileiros, que são a principal fonte de abastecimento de água para a população, não possui sistemas de monitoramento da qualidade da água, algo preocupante tendo em vista a vasta importância dos recursos hídricos para a vida.

 

A confiabilidade de um plano de amostragem, para a
avaliação da qualidade de um corpo d’água, depende fundamentalmente, das
técnicas de amostragem envolvendo uma seleção criteriosa dos locais de coleta e
o uso correto das técnicas de coleta e sua preservação.

Com o intuito de diminuir essa lacuna e pormenorizar o
problema, o Projeto Manuelzão trabalha a coleta de águas no rio das Velhas. A
proposta é fazer o levantamento das amostras e verificar a qualidade das águas
da bacia.  Desde o início, percebe-se que
a situação é preocupante e em vários pontos analisados os problemas são
alarmantes, sejam pela poluição ou descaso com o curso d’água.  


 
Coleta nos rios

Dando
sequencia à averiguação e coleta de água realizada pelo Projeto
Manuelzão, nos rios que compõem a bacia do rio das Velhas, foram coletadas
amostras no dia 26 de junho de 2014, nas
localidades de São Bartolomeu, Itabirito, Nova Lima, Sabará e Santa Luzia. A
coleta faz parte dos estudos e análises realizados para averiguação da
qualidade da água na região. Pelas análises visuais, a situação é preocupante e
inspira mais cuidados com os cursos d’água da bacia. Os resultados devem ser
publicados em breve e fazem parte dos estudos utilizados pelo Projeto Manuelzão
e estagiários nas propostas de ações que melhorem a situação e nos trabalhos
acadêmicos.

Saúde ambiental

A saúde ambiental de um corpo de água é afetada pelas
atividades humanas desenvolvidas em suas bacias hidrográficas, afirmam os especialistas
ao esclarecerem que as causas estariam no lançamento de esgotos domésticos; na recepção
da água de chuva, que escoa por áreas agrícolas e sobre solos sujeitos a
erosão; na recepção de água de chuva proveniente de regiões com poluição atmosférica
como, por exemplo, chuvas ácidas; na percolação do chorume de lixões próximos aos
corpos de água; nos compostos tóxicos oriundos de pesticidas utilizados na
agricultura e no reflorestamento; e nas águas contaminadas por xenobióticos,
compostos orgânicos resistentes e traços de produtos farmacêuticos.

Todos esses fatores induzem à degradação da qualidade da
água, à perda de diversidade biológica e ao desperdício de recursos hídricos.
Segundo esses mesmos especialistas, existe uma forte relação entre o grau de
poluição e a densidade populacional advinda da saúde ambiental, da urbanização,
industrialização e desenvolvimento da agricultura em larga escala.

De forma genérica, a poluição das águas decorre da adição
de substâncias ou de formas de energia que, direta ou indiretamente, alteram as
características físicas, químicas e biológicas do corpo de água, de maneira a
prejudicar a utilização das águas. “Cada uma das fontes de poluição determina
certo grau de poluição no corpo hídrico atingido, e que é mensurado por meio de
características físicas, químicas e biológicas das impurezas existentes que,
por sua vez, são identificadas por variáveis de qualidade das águas”, revelam.

 

 

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