Comitê caracteriza conflito no Alto Velhas e inaugura sede

04/12/2013

CBH Velhas realiza última plenária do ano e diante de muitas dificuldades e assuntos polêmicos, a preocupação maior dos membros foi a falta de programas de produção de água. Medidas precisam ser tomadas urgentemente.

Mais
uma rodada de discussões e encaminhamentos sobre os problemas relacionados à Bacia
do rio das Velhas marcou a plenária que aconteceu no último dia 3, no Espaço
Carijós. Diretoria, conselheiros e convidados debateram na última reunião do
ano, assuntos que vem preocupando os integrantes como a questão das outorgas no
Alto da Bacia, o Plano Diretor e a Serra do Gandarela.

“O Plano
diretor é um trabalho que está sendo construído por todos e temos que debruçar
sobre ele com seriedade”, destacou o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica
do Rio das Velhas e coordenador do Projeto Manuelzão, Marcus Vinícius
Polignano. Para ele, as informações que os membros constatarem que estão erradas
deverão ser repassadas aos elaboradores e corrigidas. “Esse é um produto em
elaboração e não está finalizado”, argumentou Polignano ao revelar que todos
são co-participantes do processo.
Membros do Comitê durante plenária

“A
proposta é socializar o produto para que todos tenham acesso e façam suas críticas.
Se o diagnóstico estiver comprometido, o plano também estará. Nosso objetivo é
ter um olhar mais crítico sobre o plano para que não se termine nada até que ele
seja finalizado. Temos que ter clareza do diagnóstico e da finalização real do
plano para seguirmos o processo”, avaliou o presidente.

Outro
ponto discutido foi a outorga de água e sua oferta na região do Alto rio das
Velhas, para o grupo que analisou os dados de um relatório do IGAM ficou
explicita a questão do conflito na região. “A diferença entre  a outorga e seu cadastramento é muito grande e
deve ser avaliada”, alertaram. Integrantes do Comitê decidiram em votação levar
a questão aos órgãos responsáveis e criar uma comissão para analisar o assunto.

“O
problema não se restringe ao Alto e não é apenas mudando critérios e normas que
resolveremos os problemas. Temos um problema muito maior”, avalia Polignano ao
argumentar que é hora de esclarecer os fatos. “O Comitê não pode ser desova dos
problemas da bacia se ele não tem a capacidade de decisão. Temos que ir para a
luta”, desabafou.

Na última
plenária do ano, o presidente Polignano agradeceu a participação e conclamou os
membros a continuar a luta em 2014. “Os debates esse ano foram importantes.
Temos conflitos, mas sempre nos pautamos pela decisão de todos. O ano que vêm
teremos muitas decisões a tomar, mas faremos tudo o possível para salvar nossas
águas e nossos rios”, salientou o presidente.

Inauguração
Diretoria, conselheiros e integrantes do CBH Velhas

Após três
meses sem um local definido para a realização dos trabalhos, o CBH Velhas
inaugurou também, no dia 3, a sede administrativa da entidade. As salas ficam
no Edifício Carijós, localizado à rua dos Carijós, 150, 10° andar, na região
central de Belo Horizonte. O local conta com um amplo espaço e 6 salas sendo
essas de recepção, administrativas, presidência, cozinha e um espaço maior para
reuniões.

“Ter um
espaço para trabalhar e realizar nossas ações representa a concretização de um
dos sonhos do Comitê, pois temos que ter nossa rotina funcionando e nossos funcionários
em condições de atender nossas demandas”, disse Polignano.

Para a
diretora de Projetos e áreas protegidas, da Secretaria municipal de Meio
Ambiente de Ouro Preto, Tália Freitas, ter um local certo de trabalho é
fundamental. “Um Comitê forte e atuante, Como o Velhas, precisa de boas
instalações e de um local adequado de trabalho”, declarou.


Sala administrativa – sede Comitê

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