Dia do Rio das Velhas será comemorado com projeções no Centro de Belo Horizonte - Projeto ManuelzãoProjeto Manuelzão

Dia do Rio das Velhas será comemorado com projeções no Centro de Belo Horizonte

27/06/2022

Ação é promovida pelo Comitê de Bacia Hidrográfica do Velhas e almeja revitalização e segurança hídrica da bacia

O Dia do Rio das Velhas é celebrado nesta quarta-feira, 29 de junho. Para lembrar a data e destacar a importância do rio para os 51 municípios por ele banhados em seus mais de 800 quilômetros de extensão, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) fará projeções em empenas de prédios na região central de Belo Horizonte.

As mensagens, que poderão ser vistas do mirante da rua Sapucaí, no bairro Floresta, chamarão a atenção para o quadro de insegurança hídrica vivido na bacia hidrográfica que abastece 70% da capital e 40% da Região Metropolitana de Belo Horizonte,. Também abordarão os principais fatores que impactam negativamente o Velhas e  a necessidade urgente de políticas de revitalização do território.

As projeções serão feitas nas noites dos dias 28 – terça-feira, véspera – e 29 de junho – quarta-feira, Dia do Rio das Velhas -.

Maior afluente em extensão do Rio São Francisco, o Velhas é a origem do Projeto Manuelzão, criado para lutar por melhorias nas suas condições ambientais  e promover qualidade de vida e saúde à população da sua bacia hidrográfica de forma sistêmica. O rio tem 801 quilômetros de extensão, que correm por 51 municípios mineiros, do Parque Municipal Cachoeira das Andorinhas, em Ouro Preto, até a Barra do Guaicuí, em Várzea da Palma.`

Rio das Velhas eu faço parte

A ação faz parte da campanha institucional “Rio das Velhas eu faço parte”, promovida pelo CBH Velhas no ano de 2022. Seus quatro eixos são segurança hídrica, saneamento universal, segurança de barragens e a revitalização do rio.

A campanha tem como objetivo destacar os principais fatores de pressão que têm impactado gravemente o Rio das Velhas em quantidade e qualidade de águas, mobilizar a sociedade e visibilizar a necessidade urgente de incorporar a revitalização do rio na agenda político-institucional mineira.

Os quatro eixos de atuação da campanha são a segurança hídrica, a revitalização do rio e o saneamento universal. Dezesseis municípios, dos 51 banhados pela bacia do Velhas, não possuem coleta e nem tratamento de esgoto. Além disso, o lixão é a destinação final de resíduos sólidos que predomina na bacia: ocorre em 14 municípios (33% do total).

Outro é a segurança de barragens: duas barragens de rejeitos inseridas no Alto Rio das Velhas – de onde vem a água que abastece 40% da RMBH – se encontram no nível máximo de risco iminente. Qualquer eventual rompimento ali pode levar a Grande BH a um caos hídrico. 

 

A histórica mobilização e engajamento da população da bacia do Rio das Velhas, pelo direito de nadar, pescar e navegar no rio e a gestão descentralizada dos subcomitês são questões fundamentais para a campanha. Movimentos sociais e projetos como o Manuelzão, criados em prol do Velhas, já têm anos de luta e conquistas.

No ano de 2003, o Projeto Manuelzão propôs o compromisso de revitalizar a Bacia do Rio das Velhas até o ano de 2010. Em 2005, a proposta passa a fazer parte da carteira de projetos do governo do estado de Minas Gerais, surgindo assim a Meta 2010 e, posteriormente, a Meta 2014: navegar, pescar e nadar no Rio das Velhas na RMBH.

O objetivo era despoluir a região mais degradada da bacia, que vai da foz do Rio Itabirito até o encontro com o Ribeirão Jequitibá. A meta, respaldada pelo Plano Diretor do CBH Rio das Velhas, aprovado em 2004, definiu estratégias, ações de saneamento e a recuperação ambiental, visando alcançar a melhoria das águas e a volta dos peixes ao rio.

Os avanços ainda não foram suficientes para concretizar o sonho de revitalizar o Velhas. Mas importantes avanços ocorreram na política de saneamento básico da bacia, o que tornou possível a volta de parte de sua fauna e a diminuição na mortandade de peixes. Os índices de poluição na bacia ainda são muito preocupantes e o rio e as pessoas que habitam a bacia sofrem com a falta de políticas públicas que possam garantir segurança hídrica, saneamento e saúde, além de prevenir eventos extremos como inundações. Mas suas águas estão melhores e mais saudáveis do que 20 anos atrás e os comitês, subcomitês e movimentos ainda trabalham para nadar, pescar e navegar no Velhas.

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