Comitês de Bacias Hidrográficas reúnem-se em Fórum Nacional

18/07/2018

A quarta reunião do Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas deste ano, foi realizada nos dias 11 e 12 de julho e reuniu cerca de 50 representantes de 15 estados brasileiros, em Belo Horizonte.

A
plenária discutiu pautas estaduais e nacionais importantes e urgentes como os
avanços e perspectivas na gestão de recursos hídricos, o drama da
disponibilidade da água e a questão dos recursos financeiros retidos
ilegalmente. A abertura do evento foi feita pelo coordenador-geral do FNCBH, Hideraldo
Bush, por
Marcus Vinícius Polignano, Presidente do CBH Rio das Velhas e contou com a
participação dos representantes do poder público, Germano Luiz Gomes Vieira, secretário
de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, a
diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Marília Melo e
o coordenador da área de revitalização de bacias hidrográficas da Secretaria de
Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, Henrique Veiga.

 

A reunião,
segundo Polignano, também coordenador do Projeto Manuelzão, é uma oportunidade
de se fazer um intercâmbio entre os estados para o compartilhamento de
vivências na gestão dos rios. Para ele, “é importante que as gestões assumam o
protagonismo da história dos nossos rios, por meio de planos de metas de
revitalização, cobrança de políticas públicas, programas de valorização de
nascentes urbanas e promoção de educação ambiental voltado para as comunidades
de entornos de bacias”. Polignano faz um alerta: “temos que ter muito cuidado
para que nossos rios não se tornem apenas páginas de livros, como figuras
decorativas. Queremos e precisamos de rios vivos”.  

 

Em sequências
às falas, o secretário de meio ambiente, Germano Vieira, fez o seguinte relato:
“a partir de uma série de diálogos com os comitês, começamos com humildade e
com toda simplicidade comum à nossa questão, tentar encontrar soluções
convergentes pra aquilo que os comitês estavam precisando e para aquilo que o
Estado, de fato, poderia oferecer. Então todos os resultados apresentados esse
ano, não são exclusivos ou unilaterais da administração pública estadual, mas
sim através de um diálogo convergente de ideias que foi estabelecido com os
comitês desde a nossa reunião do Fórum no ano passado”.

 

No
segundo dia, o encontro teve continuidade, na parte da manhã, com a apresentação
da presidente do CBH do Rio Doce, Lucinha Teixeira Martins. Ela abordou a questão
do rompimento da barragem de rejeitos da Samarco em 2015. De acordo com ela, “a Bacia do Rio Doce, antes do desastre já
apresentava situação ambiental preocupante, agora necessita de investimento de
bilhões de reais para resultados expressivos no que diz respeito à questão
hídrica e melhorias no meio ambiente. Apesar de insuficientes, os recursos da
cobrança pelo uso da água já nos permitem fazer um trabalho com resultados cada
vez melhores”.

 

No
período da tarde, a reunião continuou com a apresentação das comissões de moções
e científicas e finalizou com os informes dos comitês.  O próximo encontro será o ENCOB – Encontro
Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, entre os dias 20 e 24 de agosto de
2018, em Florianópolis, SC.

 

 

 

 

 

 

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