Coordenadores se reúnem e apontam desafios na gestão e mobilização

28/10/2013

Em uma extensa reunião, coordenadores dos subcomitês do CBH Velhas propuseram união, diálogo, mobilização e planejamento.

Pioneiro na criação dos subcomitês,
o CBH Velhas inova ao trazer para o centro de suas discussões os desafios e as
expectativas de todos os membros quanto a gestão, participação e mobilização do
Comitê. O encontro aconteceu no dia 25, na Faculdade de Medicina da UFMG.

Para o presidente do CBH Velhas,
Marcus Vinicius Polignano, são grandes os desafios. “Vamos ter que fazer o
exercício de juntar toda a equipe de mobilização e vencer todas as barreiras,
envolvendo os atores no processo e assim otimizar projetos e programas para
atingir nossos objetivos”. Ainda segundo ele, cada subcomitê tem sua demanda,
seus anseios e expectativas. “Há uma necessidade de fazer esse partilhamento de
ações. Para isso propomos reuniões bimestrais e um plano de comunicação para tornar
mais dinâmico nossos diálogos, agilizando assim os trabalhos”, ressalta.


Coordenadores no momento da reunião.
Encontros

“As reuniões são importantes,
pois podemos colocar em prática o que aprendemos a respeito do meio ambiente
nos locais onde estamos. Elas representam também interação e um momento em que podemos
acompanhar e saber o que está acontecendo em outros comitês”, avalia Cecília
Rute, coordenadora do subcomitê do Rio Arrudas que também é integrante do CBH Velhas.

Ela que esteve recentemente em Porto Alegre
representando o CBH Velhas, revelou que é unânime entre todos os comitês a
falta de apoio. “Precisamos do apoio do poder público. O sistema está falido e
por isso é preciso apoio aos Comitês de Bacias”, revela.

“Sempre participo dos encontros e
reuniões, pois são nestes espaços que conseguimos importantes passos na gestão comum
e participativa do sistema hídrico do estado”, esclarece Leandro Vaz Pereira, do
subcomitê do Rio Bicudo – Corinto e Morro da Graça . Para ele, somente com
subcomitês atuantes e fortes se conseguirá a melhoria na gestão das águas.

Como destaca, atualmente podemos
notar que a participação das pessoas mudou, é mais consciente, mas ainda é preciso
ampliar a divulgação dos trabalhos dos subcomitês e com isso envolver mais a
comunidade na defesa de nossos mananciais. “Quanto mais pessoas engajadas,
conscientes de sua importância para a mobilização e envolvidas no processo,
melhor para toda a sociedade”.

Desafios 

Muitos foram os assuntos discutidos
na reunião. O maior comprometimento do poder público foi um dos mais
comentados. Para os membros dos subcomitês, é preciso trazer o poder público
para participar mais efetivamente das discussões e propostas. “Dificilmente
conseguiremos integrar os interesses, mas temos que continuar a mobilização e o
diálogo”, comentaram integrantes dos subcomitês que ainda destacaram as
dificuldades em chamar a comunidade a participar. “Está ocorrendo uma diminuição
do envolvimento da sociedade civil com a causa”, revelaram.

Em relação à questão, Polignano
esclarece que é preciso fazer com que o poder público se integre aos subcomitês.
“Tem que haver essa integração e todos devemos buscá-la, principalmente os subcomitês.
È preciso fazer com que o poder público tenha compromisso com o plano diretor. Temos
que fazer um movimento político para que os órgãos públicos e a sociedade civil
assumam com os comitês e os subcomitês uma maior responsabilidade. Essa é a única
forma de reverter todo esse processo”, afirma Polignano ao defender o fortalecimento
da mobilização. “É difícil, mas essa batalha que estamos enfrentando irá nos
fortalecer e com todos os nossos instrumentos iremos cobrar por respostas”,
disse.

Como propostas do encontro o presidente
Polignano destacou a construção de um plano de comunicação, a capacitação por
meio de cursos da equipe e integrantes do Comitê e dos subcomitês, a elaboração
de um plano diretor, como  instrumento de
gestão e a mobilização da sociedade civil.  “É fundamental que todos façam uma avaliação
crítica do que está sendo feito para que não ocorram erros. Para isso precisamos
estabelecer um forte diálogo entre o Comitê e os subcomitês, pois somente através
da integração de todos e conhecendo os problemas da Bacia do Velhas é que
poderemos buscar soluções”. 

 

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