Dia do Fogo poderia ter sido impedidoProjeto Manuelzão

Dia do Fogo poderia ter sido impedido

27/08/2019

Reportagem da Revista Globo Rural denuncia participação de sindicalistas, produtores rurais, comerciantes e grileiros na queimada

Parte do fogo que consome a Amazônia, causado pelo “dia do fogo”, tem origem criminosa e poderia ter sido impedido. É isso o que indica uma matéria da revista Globo Rural, que pode ser lida aqui.

“No último dia 7, três dias antes do incêndio que se alastrou pela região de Novo Progresso, no Pará, o Ministério Público Federal (MPF) do Pará enviou um ofício ao IBAMA, órgão do Ministério do Meio Ambiente, para comunicar que produtores rurais pretendiam realizar uma queimada no município como forma de manifestação”, relata o artigo.

De acordo com a apuração do Globo Rural, “mais de 70 pessoas – de Altamira e Novo Progresso – entre sindicalistas, produtores rurais, comerciantes e grileiros, combinaram através de um grupo de WhatsApp incendiar as margens da BR-163, rodovia que liga essa região do Pará aos portos fluviais do Rio Tapajós e ao Estado de Mato Grosso”.

As queimadas da Amazônia seguem o rastro do desmatamento, afirma nota técnica divulgada pelo IPAM (Instituto de Pesquisas Ambiental da Amazônia). No documento, que pode ser acessado aqui ou na caixa de download ao lado, a instituição aponta que a combinação do número de focos de incêndio, que é o maior nos últimos quatro anos, a um período de estiagem mais branda estabelece a relação.

O IPAM recomenda o combate à derrubada ilegal da floresta como forma de contenção para os incêndios, assim como o apoio a agricultores para que deixem de usar o fogo como forma de preparo para a terra.

A ação de pessoas interessadas em produzir no território da Amazônia já estava sendo documentada bem antes dos incêndios. Em março deste ano, um relatório do Imazon apontou que mais de 400 municípios da Amazônia estão com índices de proteção da floresta abaixo de 17%, meta estipulada pela Convenção sobre Diversidade Biológica, acordo internacional que o Brasil é signatário. A informação é do Eco Debate, cuja matéria pode ser encontrada aqui.

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