Dia Mundial do Meio AmbienteProjeto Manuelzão

Dia Mundial do Meio Ambiente

05/06/2024

Nunca a civilização acumulou tanta informação e conhecimento; também em nenhum momento vimos tanta destruição e subjugação do meio ambiente

Pico do Itambé, na Serra do Espinhaço, entre os municípios do Serro e de Santo Antônio do Itambé. Foto: Leo Souza.

Chegamos ao dia 5 de junho de 2024 para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente. De um lado, é um dia de luto e, de outro, de luta.

Devemos realmente relembrar que somos fruto do ambiente natural da Terra e que a vida no planeta somente foi e é possível pela existência da água e dos ciclos vitais, do carbono, do nitrogênio, do oxigênio e da biodiversidade. A existência desta biotecnologia natural é fantástica e insubstituível.

Nunca a civilização acumulou tanta informação e conhecimento. Também em nenhum momento vimos tanta destruição e subjugação do meio ambiente. A ganância humana e o avanço do capitalismo têm provocado danos muito além do limite de recuperação natural dos ecossistemas.

Num momento de crise civilizatória, que se desdobra em um cataclismo climático, impressiona como as ações humanas têm ido na contramão das alternativas ao desastre. O avanço da mineração em cima dos aquíferos, do agronegócio em cima da vegetação nativa e das matas ciliares, o desmatamento desmedido e sem sentido.

Já não há tempo nem condições de continuar este processo de destruição sem limites e sem propósito, a não ser pelos lucros de poucos e pela ruína de muitos. Houve momentos da história da humanidade em que civilizações sofreram colapsos exatamente pelos rumos que traçaram.

Não podemos deixar na mão de poucos o destino de todos e o futuro do planeta Terra. Devemos entender que o acontece à Terra acontecerá aos filhos da Terra.

Cada vez mais fragiliza-se a proteção ambiental e, não por menos, a degradação avança. Já alertava o ditado: quem planta vento colhe tempestade.

O que aconteceu no Rio Grande do Sul poderia ter ocorrido em qualquer lugar do Brasil e do planeta, embora ações antrópicas e políticas locais tenham potencializado os efeitos das inundações sem precedentes.

Seguindo desta forma, o aquecimento continuará sendo global, o desmatamento generalizado, os rios mais fracos e contaminados.

Tudo isso nos chama para a luta, e a luta começa em cada canto, próximo de cada um.

Temos que mostrar indignação diante desse cenário e nos mobilizar pela preservação dos córregos e rios das nossas cidades, pela construção de políticas públicas que reconheçam os direitos da natureza e pela preservação da melhor herança que podemos deixar para todos os filhos da Terra: a vida.

Em nosso caso, comecemos pela luta pela Serra do Gandarela, pelas águas de Minas e por nossas matas e áreas verdes.

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