Dois meses após rompimento de barragem, causas de tragédia ainda não foram esclarecidas

05/01/2016

Perguntas sobre desastre ambiental em Minas seguem sem respostas. Sociedade espera punição aos culpados e cobra recuperação ambiental.

Dois
meses após o estouro da Barragem do Fundão, em Mariana, muitas perguntas
continuam à espera de respostas do poder público, da Samarco e de suas
controladoras: Vale e a BHP Billiton. As causas do vazamento dos 55 milhões de
metros cúbicos de rejeitos de minério continuam sem esclarecimento. A Polícia adiantou
que deverá pedir à Justiça novo prazo para concluir o inquérito.


 
É
inadmissível, mas após dois meses, um plano de recuperação da natureza ainda
não foi apresentado. O desastre afetou, por exemplo, a cidade de Colatina (ES),
que tem 120 mil habitantes e teve seu abastecimento de água comprometido.

De
acordo com especialistas e ambientalistas do Projeto Manuelzão, a recuperação
de parte da calha do Rio Doce levará até 20 anos. Eles alertam ainda que a
revitalização depende muito de parte do depósito de R$ 2 bilhões que a Justiça
Federal exigiu da Samarco, em dezembro, para financiar os reparos
socioambientais.

Moradores
de Bento Rodrigues, em Mariana, ainda continuam sem saber como serão ressarcidos
e cobram a construção de casas. A Samarco informou à imprensa que iniciou ações
emergenciais.

 

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