02/04/2014
O professor Apolo Heringer, um dos fundadores do Projeto Manuelzão, foi capa do Jornal Estado de Minas e falou à reportagem do periódico os momentos vividos durante a ditadura e a construção da democracia pós-movimento.
Na semana em que o Brasil relembra os 50 anos do Golpe
Militar de 1964, as marcas dos anos da ditadura ainda ecoam nas vozes de
familiares dos que até hoje estão desaparecidos. Famílias sem corpos para
enterrar, sem vidas para celebrar relembram momentos de dor durante a
perseguição política.
O golpe militar
ocorrido em 1964 estabeleceu no Brasil uma ditadura
militar que permaneceu até 1985. Ao longo dos anos o regime
militar foi endurecendo o governo e tornando legalizadas práticas de censura
e tortura, por exemplo. Os militares combateram sem piedade
qualquer ameaça comunista ou manifestantes contra o governo, marcando a
história do Brasil por um período negro de atos autoritários ao extremo.
O jornal “Estado de Minas” relembrou a data e na edição de
número 26.347, do último domingo (30/03) destacou em sua capa uma entrevista
realizada em sua redação com o médico e militante de esquerda, professor e um
dos fundadores do Projeto Manuelzão, Apolo Héringer Lisboa e o general Valdésio
Guilherme de Figueiredo. Eles debateram o tema e trouxeram dados importantes do
momento vivido pelo país.
O professor Apolo Heringer, de 71 anos, militou na Polop,
organização marxista-leninista. Para ele, o que houve há 50 anos no Brasil foi
um golpe militar, com participação ativa das Forças Armadas na derrubada do
Presidente João Goulart, “precipitando o país em uma grande aventura”. Já para o
general Valdésio não houve golpe nem revolução, mas uma reação democrática.
Ainda segundo Apolo, o Golpe de 64 nos ensina a valorizar o sistema
democrático, a valorizar a liberdade e a construir um país sem prisões
arbitrárias. Matéria completa pode ser lida no site do Jornal Estado de Minas:
www.em.com.br.