Escritor e jornalista que atuou no Manuelzão, Marco Antônio Tavares Coelho, receberá homenagem póstuma

12/01/2016

Familiares e amigos de Marco Antônio Tavares Coelho convidam para a homenagem póstuma ao jornalista, no próximo sábado dia 16 de janeiro, às 10 horas, em Honório Bicalho.

A solenidade acontecerá a
pedido do Jornalista e suas cinzas serão espalhas sobre o rio das Velhas, local
que sempre retratou e admirava.

Marco Antônio Tavares
Coelho morreu em São Paulo, aos 89 anos. Advogado e jornalista, ele nasceu em
Belo Horizonte, em 1926.

Escritor, Marco Antônio atuou
no Projeto Manuelzão, onde participou de ações pelas causas ambientais e saúde.
Em seu último livro, ele escreveu sobre o Rio Doce: a Espantosa Evolução de um
Vale. Publicado pela editora Autêntica em 2011, o livro é um primoroso estudo e
uma declaração de amor ao rio mineiro, que agora tomado pela lama, agoniza
depois do rompimento da barragem da Mineradora Samarco.

Antes do Rio Doce, ele também
publicou Rio das Velhas – memória e desafios (Paz e Terra, 2002) que versava
sobre a história do rio das Velhas, o Projeto Manuelzão e sua luta em prol do
rio. Ele ainda escreveu: Os descaminhos do São Francisco (Paz e Terra, 2005),
onde discute os conflitos da transposição do velho Chico.

Marco Antônio trabalhou em
jornais de Minas, São Paulo e Goiás. Foi assessor do CNPq e editor-executivo da
revista Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP). Segundo
informações, era o último remanescente da cúpula do PCB em 1964, atuando junto
com Luiz Carlos Prestes, então secretário-geral do partido. Quando houve o
golpe militar no país, destituindo João Goulart, Marco Antônio era deputado
federal pelo estado da Guanabara e teve seu mandato cassado. Ele foi preso e
torturado pelo governo militar, época que conta em sua memória Herança de um
sonho. Memórias de um comunista (memórias, Record, 2000).

Foto: Marcos Vieira/EM/D.A.Press

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