03/10/2013
A cidade de Sete Lagoas sofre com a já considerada pior seca dos últimos 50 anos. No início de setembro, foi decretado estado de emergência por causa da escassez dos recursos hídricos na cidade.
População sofre com a falta de águaA situação está complicada em Sete
Lagoas que há mais de dois meses sofre com a falta de água. Devido a situação,
a prefeitura municipal decretou situação de emergência que deve se prolongar
pelos próximos meses.
A situação é tão grave que desde
essa terça-feira (1º), o município conta com a ajuda de um caminhão-pipa do
Exército e ainda outros cinco veículos devem começar a circular na cidade e
somar-se aos quase 15 da prefeitura e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto
(SAEE) que já estão fazendo o abastecimento.
Segundo informações da imprensa,
pelo menos 30 dos 190 bairros do município – que possui mais de 200 mil
habitantes enfrentam o problema. A prefeitura teria informado que o problema só
será solucionado quando as chuvas começarem.
Para agravar a situação, um surto
de diarréia também foi registrado na cidade entre os dias 2 e 21 de setembro, quando
várias pessoas passaram mal e tiveram que ser medicadas. Conforme nota
publicada pela SAAE local, esse surto não tem relação com a qualidade da água
distribuída na cidade.
De acordo com o documento da
entidade, análises físico-químicas são realizadas semestralmente de acordo com
da Portaria 2914/11 do Ministério da Saúde. Além disso, a potabilidade da água
(adequação para o consumo) é examinada todos os dias, e um relatório é enviado,
mensalmente, para a Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com a prefeitura, a
solução definitiva para o abastecimento de água de Sete Lagoas se dará somente
a partir de 2015, com a criação do Estação de Tratamento de Água (ETA), que
será instalada às margens do rio das Velhas. O custo total da intervenção é de
R$ 35,6 milhões.
A preocupação é que outras
cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) também sofram esse
problema. Para o coordenador do Projeto Manuelzão,
da Faculdade de medicina da UFMG, Marcus Vinícius Polignano, a quantidade de
água é um desafio da Bacia do Rio das Velhas. “È preciso esforço na preservação
do manancial, da recuperação hídrica da Bacia e nas necessidades de tratamento
do esgoto. A situação se agrava ao pensarmos que Sete Lagoas não têm Estação de
Tratamento de Esgoto (ETE) o que pode levar a contaminação da água e
proliferação de doenças”, ressalta.