06/07/2015
Famílias inteiras se reuniram no Parque Ecológico de Itabirito desde as primeiras horas da manhã, do dia 4 de julho, para celebrar e manifestar pelo rio das Velhas. O 5º Festivelhas foi um sucesso e conseguiu trazer um pouco mais da história deste importante curso d’água para Belo Horizonte.
“Precisamos cada vez mais nos identificar com o rio
e buscar formas de preservá-lo”, disse Vitória Caroline Dias, moradora de
Itabirito. Para ela, que visitava o Parque, foi muito gratificante conhecer a
luta do Projeto Manuelzão e do Comitê pelo rio das Velhas. “Trouxe minha família
e quero que as crianças conheçam como são fundamentais termos propostas e pessoas
na defesa da natureza”, ressalta Antônio Silva do Nascimento, que mora na
capital.
Incansável na luta pela preservação ambiental e
integrante do Núcleo Jatobá, Dona Ivana Eva Novaes de Souza, destacou que há
anos vem participando do Festivelhas. “Vejo que a luta é sempre a mesma, desde
quando iniciamos lá atrás, mas hoje ela precisa ser intensificada. As pessoas
precisam se conscientizar mais sobre essa cultura de destruição e poluição dos
rios e com isso, construir um novo futuro para as novas gerações”, disse emocionada.
Oficinas
Atração à parte, as oficinas foram muito procuradas
principalmente por jovens estudantes interessados em aprender mais sobre bacia
Hidrográfica. “Estamos preparando um trabalho para a matéria de biologia e nada
melhor que uma exposição como esta para adquirimos mais conhecimento”, disse a
estudante Paula Martins.
“Não sabia como era nossa bacia hidrográfica nem
que nosso município pertencia a uma Unidade Estratégica. Conhecer essas coisas são
fundamentais para que possamos também se inteirar dos problemas”, revelou
Simone Santos, moradora de Itabirito, ao visitar a tenda do CBH Velhas.
Shows
“Poder ouvir os sons da bacia e perceber a riqueza
de nossa musicalidade é uma oportunidade única que o FestiVelhas nos proporciona.
Esse momento está sendo fantástico. Música de qualidade e ao mesmo tempo de
alerta”, comentou o biólogo, Dênis de Oliveira.
Já para a dona de casa, Valquíria Tomaz, que
permaneceu no Parque durante todo o dia, qualidade foi o que não faltou nos
shows. “Como é rica nossa cultura. Precisávamos de momentos como esse, que
integrassem qualidade, diversão e conscientização”, disse.
Homenagem
Um dos momentos mais emocionantes do festival foi a
homenagem a dona Valdete Cordeiro, falecida ano passado que por muitos anos
trabalhou a conscientização em sua comunidade. “Valdete foi uma das primeiras a
apoiar o Manuelzão em sua região. Ela foi nossa guerreira e companheira por
isso queremos homenageá-la”, disse o coordenador do Projeto Manuelzão Marcus
Vinícius Polignano. Outro destaque do grupo foi uma senhora quase centenária
que cantava e dançava as cantigas de roda e mostrava que para viver bem não há
idade.
“Pretendíamos com o Festival reunir a bacia do Velhas,
conscientizar as pessoas e trazer à tona os problemas enfrentados com a crise
hídrica. Com o Festival conseguimos isso tudo, e o principal, fazer com que as
pessoas se conscientizassem da importância
de defender o rio que sofre com a atual cultura de destruição e poluição.
Agradecemos a todos que estiveram presente e colaboraram com a realização do
Festival”, ressalta Poliganano.
Fotos: Michelle Parron/CBH Rio das Velhas