Grupo intersetorial é formado na regional Nordeste para trabalhar agenda ecossistêmica para região

21/02/2014

CBH Velhas e Regional Nordeste realizam seminário e reúnem sociedade.

Representantes do poder público, privado e sociedade civil
se reuniram na última quinta-feira (20), no auditório da regional Nordeste para
o seminário “Construindo uma agenda ambiental para a região Nordeste de Belo Horizonte”.
A dinâmica do encontro aconteceu em forma de painéis, quando as instituições
locais expuseram suas propostas de melhorias e metas para a região.

Para o secretário da Regional Nordeste, Geraldo Magela, a
gestão de uma área como a Nordeste é muito complexa e esse motivo justifica ampliar
e refletir as questões. “Além da importância
geral da região no contexto da capital, temos questões específicas de uma
região que comporta mais de 300 mil habitantes. Estamos também presentes na bacia
do rio das Velhas e por isso é fundamental criar uma agenda matriz e comum em
prol do meio ambiente. Nosso objetivo com o Seminário è ouvir a todos e
estabelecer uma agenda de trabalho”, disse.    

De acordo com o presidente do CBH Velhas e coordenador do
Projeto Manuelzão, Marcus Vinicius Polignano, a questão vai além e deve ser
pensada de forma preventiva. “Lembramos dos problemas apenas quando eles já não
têm mais como ser solucionados ou estão acontecendo, mas não como harmonizar o desenvolvimento
humano, urbano e ambiental de nossa cidade para que não aconteçam. Estamos
vivendo o drama do racionamento de água em São Paulo. O rio das Velhas é um
sobrevivente e ainda tem a capacidade de gerar água para Belo Horizonte, mas se
não tivermos a capacidade de dar um novo olhar para o Velhas também passaremos
pela mesma situação”, alerta o presidente ao revelar que” ou aprendemos a harmonizar
o desenvolvimento e sua gestão com a questão ambiental ou vamos passar por sérios
problemas de abastecimento. Temos que pensar hoje soluções para a nossa cidade e
nossos bairros ”, declara.


O vice-prefeito e Secretário de meio ambiente da capital,
Délio Malheiros também esteve presente, apresentou propostas para a regional e
revelou que em Belo Horizonte, segundo levantamento, são mais de 466 mil
espécies de árvores e não apenas 360 mil como divulgado no passado. Para ele,
os projetos devem ser integrados e em prol de um ambiente sustentável. “São vários
projetos que estão sendo implantados pela prefeitura, além dos já encaminhados pela
Câmara”, acrescenta.

No seminário foi criado um grupo intersetorial que discutirá
uma agenda ambiental para a região. Cada instituição presente indicará um membro
para representá-la. O professor Marcus Vinícius Polignano é o representante do Projeto Manuelzão. O Subcomitê do Onça também terá sua representação no grupo.

Para Polignano, a agenda tem que
favorecer a todos e ser integral. “Estamos devendo e muito em nossa qualidade
ambiental. Se formos para a beira dos córregos e rios veremos que estão
degradados, maltratados e esquecidos. Ou temos uma visão ecossistêmica do
problema e trabalhamos o todo ou não conseguiremos avançar e caminhar nas
propostas. Temos que ter uma visão integral da gestão e o grupo vem exatamente
para esse fim.”

 

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