Lagoas cársticas estão degradadas e preocupam ambientalistas da região

29/11/2016

Evento que reuniu escolas propôs vivenciar a região, fazer com que os estudantes tivessem acesso ao patrimônio ecológico local e percebessem através de um aprendizado efetivo os importantes elementos naturais do Carste.

  O Subcomitê do Carste, juntamente à UFMG
realizaram na última sexta-feira, 25 de novembro, no Museu Peter Lund, o I
Workshop Rede de Asas do Carste, que teve como foco a apresentação dos
resultados das ações dos dois primeiros anos do projeto. O evento contou com a
participação de alunos e professores das nove escolas atendidas, além de
ambientalistas e coordenadores. 

O Rede de Asas
do Carste é um projeto de biomonitoramento participativo de aves aquáticas das
lagoas da área da UTE do Subcomitê do Carste. A entidade tem como principais
objetivos a capacitação de professores e alunos no monitoramento da fauna e da
flora local, além de incentivar a expansão do conhecimento em educação
ambiental e sensibilizar sobre a importância da preservação dos recursos
naturais.

 Segundo o ambientalista, Procópio de Castro,
os alunos precisam vivenciar a região e ter acesso aos seus patrimônios
ecológicos para que haja um aprendizado efetivo sobre seus elementos e sua
importância. “As visitas aconteceram durante as quatro estações do ano. Isso
permite ver todas as diferenças de fauna, flora, geológicas, hídricas de uma
mesma região em tempos variados, fazendo o aluno aprender a ler essa paisagem.”


Lagoas cársticas

As lagoas
cársticas que compõe a região são extremamente degradadas, devido à contaminação
das águas com esgotos e agrotóxicos, inserção de peixes exóticos, pesca predatória
e, sobretudo, devido à ocupação invasiva do solo.

O coordenador do
Subcomitê Carste, Daniel Duarte, ministrou palestra no evento que contava um
pouco sobre as ações do projeto e alertou sobre os desafios ambientais
enfrentados. “A situação das lagoas está complicada. Algumas estão com o nível
de água muito baixo e outras já chegaram a secar, inclusive nos períodos de
chuvas”, relatou.

Ao final do
Workshop, encaminhamentos foram realizados e o Projeto mostrou-se firme para a
entrada de um novo ano, planejando inovações e buscando novos parceiros. “Isso
aqui é uma parceria que vamos construindo na Bacia; é uma rede. Rede pega peixe
grande e o peixe grande que queremos pegar é a consciência”, afirmou Procópio.

 

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