Mais visíveis do que nunca

01/04/2011

Tese propõe uso da fotografia para compreender mudanças ambientais

         
Se fotografar as paisagens naturais já foi algo criticado por grandes
fotógrafos, hoje esse tipo de fotografia pode enriquecer a discussão sobre como
as sociedades lidam com os ecossistemas. Essa ideia inspirou a tese “Panoramas
da Serra do Espinhaço: ensaio de mapeamento fotográfico da paisagem”, defendida
em novembro de 2010 pelo professor da Escola de Belas-Artes da UFMG, Paulo
Baptista. Ele propõe um modelo de interpretação fotográfica da paisagem que une
a produção pessoal ao uso instrumental das imagens em estudos de Geografia,
Ciências Biológicas e planejamento urbano, por exemplo. O trabalho utilizou
equipamentos e técnicas de foto digital em alta resolução associados a métodos
informatizados de cartografia e georreferenciamento.

         
O professor, mestre na área de fotografia, escolheu duas regiões da Serra do
Espinhaço ameaçadas de transformação por ocupações. Na região entre Serro e
Diamantina, identificou perigo no asfaltamento do trecho remanescente da
Estrada Real. Ele acredita que o consequente aumento do movimento de veículos
deve alterar seriamente a vida das comunidades, uma vez que vai incluir
caminhões de carga. Já na parte Sul do Espinhaço, próximo a Belo Horizonte, um
grande projeto de mineração pode descaracterizar a última área ambientalmente
preservada do Quadrilátero Ferrífero, a Serra do
Gandarela
. Além de sua importante biodiversidade, o local possui campos
rupestres ferruginosos – geossistema raro no país – e espécies de Mata
Atlântica.

Fonte: Portal UFMG

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