Morre D. Valdete uma das primeiras líderes a apoiar a recuperação do rio das Velhas

15/01/2014

Fundadora do grupo “Meninas de Sinhá”, D. Valdete, de 75 anos, morreu no Hospital Tolentino Risoleta Neves, onde estava internada, por causa de problemas no sistema circulatório.

 “As pessoas não morrem, ficam
encantadas” (Guimarães Rosa). Com esse sentimento, o Projeto Manuelzão se
despede e agradece a incansável D. Valdete da Silva Cordeiro, do Alto Vera
Cruz, fundadora e líder do Grupo Cultural
Meninas de Sinhá que morreu na noite desta terça-feira (14), em Belo Horizonte,
aos 75 anos. Dona Valdete, como era conhecida, participou efetivamente do
Projeto como uma das lideranças mais atuantes na comunidade onde morava.

De acordo com os coordenadores do Projeto
Manuelzão, D. Valdete, foi uma das primeiras lideranças das comunidades do rio das Velhas a aceitar a ideia da recuperação da Bacia e uma das primeiras
fundadoras do Subcomitê Freitas, conhecido como Córrego Santa Terezinha, no
Alto Vera Cruz. “Um exemplo de trabalho em favor da comunidade e uma referência
cultural e de saúde para os amigos e vizinhos. “Seu trabalho social ultrapassou
todas as questões propostas, seu ideal sempre foi o coletivo. Seu exemplo deve
ser referência para toda a sociedade”, disse o professor Rogério Sepúlveda.   


Incansável na luta pelo social, D. Valdete fez parte de grandes ações do Projeto Manuelzão
Segundo familiares, após sentir dores em uma das
pernas, Valdete foi internada no Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova, na
capital mineira. Os médicos constataram uma complicação no sistema circulatório
em uma das pernas e era preciso fazer uma cirurgia com urgência, com chance de
amputação.

A cirurgia foi feita na tarde desta terça-feira,
sem necessidade de retirar o membro. Os médicos informaram que ainda era
necessário aguardar a reação da paciente no pós-operatório. Dona Valdete sentiu
muitas dores na perna operada e sofreu um acidente vascular cerebral (AVC).

Ela deixa marido, quatro filhos, 16 netos e quatro
bisnetos. Além da família Meninas de Sinhá, que tem 29 integrantes, ainda há
dois músicos, uma produtora e milhares de seguidores mundo afora.

Para integrantes da coordenação do Manuelzão,
representados pelo professor Rogério Sepúlveda, sua morte é uma grande perda
para a sociedade. “Ela sempre foi um exemplo de mobilização consciente e cidadã.
Com sua simplicidade contribuiu de maneira efetiva para a transformação social
dos trabalhos que realizou em prol do meio ambiente, da cultura e da sociedade.
Com certeza será sempre nossa referência de cidadania”, afirmaram.

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