Não cai do céu

18/01/2013

Solução para os problemas causados pela chuva em BH passa longe da canalização dos rios

No verão, o céu fechado anuncia chuva em Belo Horizonte e também risco
de alagamentos em diversas regiões. Esse cenário tem se repetido todos os anos
na capital mineira e a população assiste à carros e pessoas sendo arrastadas
pela força da água que se acumula nas ruas. A razão pode estar na arquitetura
da cidade que não colabora para o escoamento da água pluvial, mas um ponto
fundamental no problema das enchentes é a cultura da canalização dos rios que
cortam BH. “Quando transformamos córregos em ruas, é natural que as ruas
se convertam em rios”, diz Marcos Vinícius Polignano, coordenador do
projeto Manuelzão, da UFMG.

O Projeto vem reiterando sua posição de
que a interrupção na política de canalizações é fundamental. Os rios devem
correr livres em seus leitos como forma de preservar todo o ecossistema, do
qual nós moradores também fazemos parte. Esse tipo de intervenção é totalmente contrário
ao proposto pela Meta 2014, que prevê revitalização dos cursos d’água, e pela
Deliberação Normativa 95 de 2006 do Conselho Estadual de Política Ambiental
(Copam), que proíbe canalizações.

São cerca de 200 km de áreas
canalizadas em Belo Horizonte e alguns acreditam no processo de descanalização
de alguns trechos para amenizar os problemas. Como a ideia é incapaz de atender
a todos os pontos, medidas como educação social, ampliação de áreas verdes e a
construção de reservatórios podem tirar da chuva o adjetivo de problema. Além,
é claro, do comprometimento do poder público e da mobilização da população. Fonte:
Veja BH

Para saber mais sobre os problemas
causados pela canalização leia a matéria “Na contramão da Meta 2014” na página
22 da Revista Manuelzão 67.

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