10/11/2015
O promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto considera que a empresa Samarco, responsável pelo desastre, tenha sido ‘negligente’. “Não há fatalidade nisso. Não podemos admitir que seja acidente um rompimento de um empreendimento de tamanha magnitude. Por isso, considero que seja uma negligência”.
Em mais uma tragédia que atinge
Minas Gerais, vidas foram dizimadas e famílias inteiras perderam seu lugar, sua
história e origem, que ficou embaixo de toneladas de lama. Essa poderia ser
mais uma trágica história de mais um rompimento de barragem, mas de acordo com o
promotor, Carlos Eduardo Ferreira Pinto, Coordenador da Promotoria do Meio
Ambiente teria sido causado por negligência da empresa Samarco, responsável pela
barragem.
O promotor Carlos Eduardo
Ferreira Pinto considera que a empresa Samarco, responsável pelo desastre,
tenha sido ‘negligente’. “Não há fatalidade nisso. Não podemos admitir que seja
acidente um rompimento de um empreendimento de tamanha magnitude. Por isso,
considero que seja uma negligência”, afirmou.
Já foram confirmadas as mortes de
três pessoas e ao menos 24 estão desaparecidas. O inquérito em que o Ministério Público de
Minas Gerais (MPMG) investiga a tragédia do rompimento das barragens em Mariana
deve ser concluído em 30 dias.
Hipóteses
Estão sendo apuradas quatro
hipóteses: o cumprimento das condicionantes de licenciamento da Samarco, a
explosão de uma mina da Vale próximo ao local, o possível abalo sísmico e se as
obras de alteamento da barragem causaram o rompimento. “Estamos na fase de
apurar quais são os fatos. Nenhuma barragem se rompe por acaso. Seguindo neste
contexto, temos que identificar qual foi a causa; se de má operação da empresa
ou falha no monitoramento. Não podemos encarar como acidente um fato deste
tamanho”, disse o promotor em entrevista.