Novos rumos para o CBH Velhas

16/10/2013

Em primeira Plenária presidida por Marcus Vinícius Polignano, integrantes debatem meio ambiente saudável, proteção efetiva da Bacia do rio das Velhas e conscientização.

A primeira plenária do Comitê da Bacia do rio das Velhas
conduzida pelo atual presidente, Marcus Vinicius Polignano, aconteceu no último
dia 10, no auditório da Federação das Indústrias de Minas Gerais, em Belo
horizonte. Na pauta estavam vários assuntos que foram discutidos pelos
presentes. A atual situação do Comitê que está sem sede própria e trabalha
precariamente, na Faculdade de Medicina da UFMG, na sede do Projeto Manuelzão,
foi um dos assuntos discutidos. Para o presidente, Marcus Vinícius Polignano,
uma situação preocupante. “O Comitê tem que ter uma sede e isso é inegociável.
Ele tem existência real e para que as Plenárias aconteçam tem que haver toda
mobilização estrutural, o que é fundamental para a realização das funções”,
ressaltou.


Vários integrantes e conselheiros também debateram o assunto
e explanaram a fundamental importância de um local de fato para serem
realizados os trabalhos. Representantes do Instituto Mineiro de Gestão das
Águas (IGAM) – revelaram que o assunto é urgente e que já estariam trabalhando
para a solução.  “A sede é prerrogativa
do comitê e não abrimos mão dela. A solução que queremos não é simples, mas
temos que resolvê-las”, ressalta Polignano.

O repasse dos recursos do governo e os atrasos no
recebimento por parte da AGB Peixe Vivo e do Comitê Bacia do rio das Velhas foram
assuntos também debatidos. “Sem o correto recebimento e prazos não temos como
planejar nossas ações”, comentaram integrantes da AGB e do Comitê. Em relação
aos repasses, o IGAM informou que trabalha para que sejam normalizados e que o
repasse é função do governo.

Em fotos, o presidente Polignano, denunciou a precária
situação em que se encontra a Bacia do Velhas, nos 300 quilômetros, de Santana
de Pirapema até sua foz. Ele explicou que durante sobrevoou na Bacia e através
de denúncias de ribeirinhos e pessoas ligadas a mobilização ambiental, foi constatada
que uma grande mancha verde denuncia a existência de uma enorme quantidade de
cianobactérias no rio. A imagem bonita de se observar, ao contrário, revela
poluição e preocupação com a qualidade da água.

A coloração verde do rio é um problema e é causado pela
multiplicação excessiva de cianobactérias, dando origem ao fenômeno chamado
“floração das águas”. A coloração esverdeada acontece por causa do potencial de
produção de toxinas de certas espécies. Esse fenômeno é responsável por
problemas sanitários que, além da toxicidade, conferem odor e sabor de terra ou
mofo às águas.

De acordo com Polignano, esse acúmulo de cianobactérias
afeta não só o ecossistema aquático como também a saúde humana. A principal preocupação é a capacidade
desses microorganismos que podem afetar a saúde humana, tanto pela ingestão de
água como por contato em atividades de recreação no ambiente, ou ainda pelo
consumo de pescado contaminado.

A Plenária ainda debateu assuntos como:
a apresentação do projeto de Monitoramento Qualitativo de Águas Superficiais na
área da UTE do Rio Caeté/Sabará; a deliberação Ad Referendum do Plenário, processo
de Outorga n° 7093/2009 – Barragem Maravilhas II, Mina do Pico – MBR) e
Condomínio Estância Alpina – e o Plano Diretor de Recursos Hídricos – diagnóstico
da Bacia do rio das Velhas e grupo de acompanhamento.

Na
plenária, Polignano ressaltou que sem um meio ambiente saudável, sem uma
proteção efetiva da Bacia do rio das Velhas e conscientização das pessoas será difícil
superar os problemas. Por isso segundo ele, é fundamental que todos se unam e
tenham uma visão crítica e sistêmica da abordagem ambiental. “As pessoas nos
perguntam o que estamos fazendo e nossa resposta tem que ser firme na hora de
estruturarmos e pensarmos ações de mobilização e políticas públicas nos
encontros e debates”, afirma o presidente.

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