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29/04/2013

Prefeitura de Belo Horizonte pretende “maquiar” Lagoa da Pampulha para a Copa do Mundo

No dia 18 de abril, técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional visitaram a Lagoa da Pampulha para avaliar se o complexo paisagístico pode ser alçado a Patrimônio Cultural da Humanidade.  Alguns problemas, porém, precisam ser solucionados para que a área seja reconhecida como patrimônio. De acordo com o Instituto Mineiro de Gestão das Águas, a Lagoa nunca teve índices de poluição tão ruins. Além disso, problemas estruturais, falta de restauração e a descaracterização de edificações e jardins também podem dificultar o processo. Entretanto, durante a Copa do Mundo, esses problemas estarão resolvidos. Pelo menos aparentemente.

A Prefeitura de Belo Horizonte planeja fazer uma “maquiagem” para limpar o espelho d’água, contratando uma empresa para oxigenar a Lagoa. Esse processo, a ser realizado meses antes do início da Copa, garantiria que as águas ficassem limpas visualmente e inodoras. Mas, para que isso aconteça, a Copasa precisa cumprir o cronograma de retirar todo o esgoto despejado na Pampulha até o final de 2013.

A intervenção, que teria um resultado apenas temporário, foi apresentada a entidades ambientalistas. “A prefeitura chegou a apresentar essa proposta para nós mas, quando vieram as audiências públicas na Câmara e na Assembleia, não apresentou mais”, explica o coordenador do Projeto Manuelzão, Marcus Vinícius Polignano. Segundo ele, apenas a retirada dos esgotos e a dragagem do assoreamento é insuficiente para garantir a limpeza e a balneabilidade, é preciso um processo claro, com etapas e metas a serem cumpridas. Polignano afirma que não é possível estimar em quanto tempo a Lagoa se recuperaria sozinha após a retirada dos esgotos, mas que não seria em apenas seis meses. Fonte: Hoje em Dia e Estado de Minas

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