Para não ficar só no papel

22/09/2010

Evento do Pampulha Viva mobiliza estudantes, empresas e governo para o cumprimento da Meta 2014

No último sábado, dia 18, os
Núcleos Manuelzão, em parceria com
empresas e a Prefeitura de Belo Horizonte, realizaram o Pampulha
Viva. O objetivo do evento foi chamar a atenção da sociedade, do poder público
e da iniciativa privada para a situação da Lagoa da Pampulha. Segundo o
coordenador do Projeto Manuelzão, Marcus
Vinícius Polignano, a ideia era articular todos em prol da Meta 2014, que busca, entre outros aspectos, nadar na
Lagoa até o ano da Copa do Mundo. Polignano destacou que a Lagoa já perdeu 40%
da área do espelho d’água e 50% de capacidade de armazenamento.

Foi a primeira vez que os
Núcleos organizaram o evento. Em anos anteriores, eles eram apenas parceiros da
ONG Ocean Conservancy, que era a coordenadora. O evento faz parte do Dia
Mundial de Limpeza de Rios e Praias
, que reúne pessoas de vários países
pela coleta de resíduos.

O Pampulha Viva mobilizou 13
escolas, uma Associação de Bairro e um grupo de escoteiros para recolher resíduos em nove pontos da orla da Lagoa e em regiões
que abrigam seus afluentes. Contando com os organizadores, participaram
aproximadamente 1.000 pessoas. Polignano ressaltou que a participação das
escolas tem um papel importante no processo de educação e mudança de atitude,
pois é uma maneira de trazer não só as crianças, mas também seus pais 
para o programa de revitalização da Lagoa.

Vidros, metais, plásticos, papéis e lixo orgânico, tudo isso podia ser encontrado nos 583 quilos de resíduos coletados pelos participantes durante o evento. (Foto: Larissa Flores)
Vidros, metais, plásticos, papéis e lixo orgânico, tudo isso podia ser encontrado nos 583 quilos de resíduos coletados pelos participantes durante o evento. (Foto: Larissa Flores)

Após a coleta,
os participantes se encontraram no Marco-Zero da Lagoa da Pampulha, por volta das 09:30 horas .
Lá aconteceram apresentações musicais, dança de rua e teatro. O evento contou
também com um estande do Programa de Recuperação Ambiental de Belo Horizonte,
da Associação de Trabalhadores em Materiais Recicláveis
da Pampulha, e com o Centro Itinerante de Difusão de Ciência e Ecologia (a
Unidade Móvel Projeto Manuelzão). Foi oferecida ainda uma oficina de vaso
ecologicamente correto, o PET-vaso. Os servidores públicos Rodrigo Almeida e
Carolina Garofolo, que caminhavam pelo local, apoiaram o evento. “Estou
gostando. É importante conscientizar as pessoas”, disse Carolina. Eles não
sabiam da ação, mas deram uma passada na Unidade Móvel para conhecer o trabalho.

Por volta das 10:30 horas, monitores e a equipe do Serviço de Limpeza Urbana da Pampulha fizeram a pesagem de
todo material recolhido. Ao todo, foram retirados 583 quilos de resíduos. Maria
do Carmo, aluna da Educação de Jovens e Adultos da Escola Municipal Aurélio
Pires, contou que seu grupo encontrou plástico, latinhas, vidro e papéis na
região do Brejinho, local onde fizeram a coleta. Uma das coordenadoras do
evento, Daniela Campolina, explica que houve a impressão de que a quantidade de
lixo em relação a outros anos diminuiu. “O problema ainda continua sendo
esgoto”, pontua. Os afluentes que deságuam na Lagoa levam para lá esgoto sem
nenhum tipo de tratamento prévio.

No encerramento, ao som
do grupo Educação pelo Tambor, todos os participantes deram as mãos,
simbolizando um abraço coletivo à Pampulha. O próximo passo de ação será
trabalhar a Teia da Vida com os alunos que participaram do evento: “O pessoal
vai colocar em uma teia um pouco das informações que eles buscaram e construíram
ao longo desses seis meses no projeto Pampulha Viva”.  

Confira aqui a divulgação do evento na mídia

 

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