22/07/2016
A proposta é mobilizar e qualificar professores, alunos e as comunidades de escolas localizadas em microbacias do ribeirão Arrudas e do Onça, na construção da gestão compartilhada da bacia.
Ao longo dos anos e a partir das propostas do Projeto
Manuelzão, apoiado pelo Estado e pelo CBH Velhas, foi consolidado o programas
de Metas. Inicialmente a Meta 2010 e posteriormente a Meta 2014, que previa
navegar, pescar e nadar no Rio das Velhas no trecho metropolitano. Nesses anos,
os avanços foram importantes tais como: o tratamento de esgotos da região
metropolitana, que hoje atinge 60% e que necessita ser ampliado para até 100%,
para que a meta seja efetivamente atingida.
O alcance da Meta e as ações fazem parte das propostas
desenvolvidas no sentido de consolidar uma política de gestão de bacias urbanas
com a participação da sociedade civil. Sendo assim, foi criado o projeto
“Água Nossa – conhecendo e adotando as microbacias urbanas” que visa incorporar
estas políticas públicas, procurando incentivar as comunidades a participarem
do processo de diagnóstico e mobilização pela revitalização das microbacias
urbanas.
O projeto que acontece desde abril de 2016, ocorre em
parceria entre o Projeto Manuelzão, Instituto Guaicuí e a Prefeitura de Belo
Horizonte. Tem como objetivo fundamental mobilizar a comunidade, em especial a
escolar, para conhecer a microbacia urbana na qual está inserida e a partir daí
estabelecer vínculos de pertencimento necessários para o desenvolvimento de
ações visando a revitalização.
A proposta é mobilizar e qualificar professores,
alunos e as comunidades de escolas localizadas em microbacias do ribeirão
Arrudas e do Onça, na construção da gestão compartilhada da bacia. Esse
processo se dará através da capacitação de professores e lideranças
comunitárias, quando serão trabalhados temas relacionados às atividades a serem
trabalhados com os alunos.
Capacitação
A primeira etapa de capacitação ocorreu nos dia 16 e
18 de junho e contou com a participação de professores de 15 escolas de Belo
Horizonte, além de lideranças comunitárias. De acordo com a programação, o
curso contou com a apresentação do Projeto “Água Nossa – Conhecendo e Adotando
as Microbacias Urbanas”, que foi realizado pela coordenadora do Subprojeto
Manuelzão vai à escola, Adriana Carvalho.
Os participantes puderam também ter noções de Saúde
Ambiental, essa palestra foi ministrada pelo professor Antônio Leite, além de cartografia
e mapeamento geoparticipativo, ministrada pelo geógrafo, Lucas Grossi.
Já no dia 18, as atividades começaram às 13 horas com
a palestra “O uso da percepção ambiental
como ferramenta para elaboração de mapas participativos”, ministrada pelo
gestor ambiental, José de Castro Procópio. Às 14h15min, a geógrafa, Gabriele
Santos encerrou as atividades e palestrou sobre a “Mobilização comunitária,
histórico e atuação dos Núcleos Manuelzão”.
Continuação do
projeto
As propostas do projeto não param e continuarão em
outras etapas com a elaboração do plano de trabalho, atividades escolares, trabalhos
de campo, oficinas, palestras, cursos e atividades ligadas à percepção
ambiental dos alunos.
As escolas que participam do projeto são do bairro
Jatobá, Dr. Aurino Moraes, Luiz Gatti e Professor Mello Cansado. Do bairro Cachorro
Magro; Walt Disney; do Cercadinho, Dr. Simão Tamm Bias Fortes e do Bom Sucesso,
Mestre Ataíde e Padre João Botelho. Já do
bairro Navio Baleia participa a escola Ondina Amaral Brandão; no Ribeirão
Pampulha, Anita Brina Brandão e Maria Silveira. No bairro Joaquim Pereira, a
escola Moyses Kalil; no Tamboril, a escola Jardim Felicidade; no bairro Córrego
do Nado; a escola Cora Coralina; no Córrego Lagoinha, a escola Professor Pedro
Guerra e no Bom Jesus, a escola Madre Carmelita.