15/04/2022
Programa do CBH Rio das Velhas trata das inundações que atingiram Minas no início do ano e dos alarmantes níveis de metais pesados observados nos rios após as cheias
As inundações que arrasaram diversas cidades de Minas Gerais em janeiro deste ano, com destaque para a bacia do Rio das Velhas, trouxeram mais do que destruição e prejuízos. Carreados pelas cheias, elementos como arsênio, ferro, manganês e chumbo foram encontrados em concentração superior aos limites estabelecidos pela legislação em territórios onde a atividade minerária se faz presente.
Para falar sobre esse assunto, o episódio 37 do Momento Rio das Velhas conta com a participação dos acadêmicos Paulo Rodrigues, geólogo, ambientalista, pesquisador e docente, e Dulce Maria Pereira, professora da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e coordenadora do Laboratório de Educação Ambiental e Pesquisa. Ambos integram diretamente a Rede de Monitoramento Geoparticipativo, responsável pela elaboração do estudo, que ainda está em curso, que detectou a presença desses metais nas águas da bacia.
“Em janeiro as chuvas intensas que ocorreram e todo aquele cenário de lama de enchente, o número de relatos alertando sobre a alteração na aparência dos rios foi muito grande”, afirma Paulo Rodrigues. A professora Dulce Maria explica que o arsênio chegou a ultrapassar os valores máximos em 14 dos 17 pontos avaliados. “A realidade encontrada é uma realidade muito preocupante que mostra a ausência de aplicação de alguns princípios elementares como o da precaução e prevenção”, afirma.
Ao longo do programa, os dois falam sobre como a Rede de Monitoramento tem atuado para avaliar a presença de metais na lama carreada pela cheia de janeiro, e também sobre o que as águas e o ambiente de maneira geral perdem em termos ecossistêmicos com a presença desses elementos.
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