Por que a Pampulha não é lugar para a Stock CarProjeto Manuelzão

Programa da Rádio UFMG Educativa mostra por que a Pampulha não é lugar para a Stock Car

23/03/2024

Reportagem traça radiografia dos impactos para o clima, para a saúde dos animais do Biotério e do Hospital Veterinário e para a mobilidade urbana

A Rádio UFMG Educativa levou ao ar nesta quarta-feira, 20, um programa dedicado a informar sobre os possíveis impactos da realização da corrida de Stock Car, que está prevista para ocorrer no entorno do Mineirão e arredores do Campus Pampulha em agosto. O professor e coordenador do Projeto Manuelzão, Marcus Polignano, foi um dos representantes da comunidade acadêmica, junto da reitora Sandra Goulart e de outros professores e pesquisadores.

Os preparativos para a construção de um autódromo no local designado para o percurso já levaram à remoção de 63 árvores. Grupos ambientalistas, coletivos sociais e a comunidade da UFMG continuam a destacar os motivos pelos quais a área escolhida é inapropriada para a realização da corrida.

O evento não só contribuiria para agravar a aridez do clima, pela redução do número de árvores, mas também afetaria várias instalações da Universidade, incluindo o Hospital Veterinário, o Biotério Central e a Estação Ecológica. Outras impactos negativos identificados envolvem problemas de tráfego na região e dificuldades de acesso ao Campus Pampulha.

O ((eco)), veículo especializado em jornalismo ambiental, apontou  as manobras jurídicas realizadas pelos organizadores. A corrida, agendada para ocorrer ao longo dos próximos cinco anos, conforme estabelecido em contrato, foi categorizada pela administração municipal como um “evento”, mesmo que seja necessária a construção de um autódromo. Esta classificação significa que não são necessárias licenças ambientais nem estudos de impacto, que seriam obrigatórios para esses tipos de estruturas. Sob essa classificação mais flexível, estabelecida pela lei municipal nº 9.063/05, a aprovação é requerida apenas junto à Secretaria Municipal da Coordenação de Gestão Regional.

Adicionalmente, a remoção das árvores demandou uma autorização do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comam), que foi concedida mesmo após um relatório técnico da Secretaria Municipal de Meio Ambiente argumentar no sentido oposto ao pedido de remoção feito pela prefeitura e pela Minas Arena, a empresa concessionária que administra o Mineirão.

Ouça o programa na íntegra:

Rádio UFMG Educativa · Entenda impactos da Stock Car na Pampulha e na UFMG, que vê como inviável empreendimento na região

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