Possível reativação de mina ameaça área de preservação no Parque da Serra do Rola-Moça - Projeto ManuelzãoProjeto Manuelzão

Possível reativação de mina ameaça área de preservação no Parque da Serra do Rola-Moça

14/10/2020

Solicitação de licença pela Mineração Gerais do Brasil foi colocada em pauta na última reunião do Conselho Estadual de Política Ambiental, realizada no último dia 25 de setembro

A retomada das atividades de uma mina no Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, foi colocada em pauta na última reunião do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), realizada no dia 25 de setembro, e pode colocar em risco a preservação do local. Isto porque a mina fica na Zona de Amortecimento do parque, isto é, na área que fica ao redor da Unidade de Conservação, em Casa Branca, nos limites entre Brumadinho e Ibirité.

As operações da cava da mina de Casa Branca, que deixaram como marca uma cratera na paisagem da serra, foram paralisadas pela Justiça há 20 anos, em 2000. A licença ambiental para a reativação da mina foi solicitada pela Mineração Gerais do Brasil deverá ser votada na próxima reunião do Copam, no dia 25 de outubro.

Uma equipe interdisciplinar da Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram) sugeriu não só o indeferimento da licença ambiental solicitada pela Mineração Gerais do Brasil, como também que o empreendedor formalize em até 120 dias o processo de fechamento da mina para recuperação da área.

Além de estar na Zona de Amortecimento do Parque da Serra do Rola Moça, a cava da mina está inserida em uma área de proteção ambiental da Região Metropolitana de Belo Horizonte e na reserva da biosfera da Serra do Espinhaço.

                     

O coordenador do Projeto Manuelzão e integrante do Gabinete de Crise da Sociedade Civil, Marcus Vinicius Polignano, concedeu entrevista ao MGTV 1ª edição, no dia 25 de setembro, na qual comentou o assunto [vídeo acima]. Polignano condenou qualquer intenção de exploração da região, já profundamente devastada pelo rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão.

O Ministério Público de Minas Gerais disse que acompanha o processo, juntamente do MP Federal, e que, caso a licença prévia seja concedida, vai avaliar quais medidas poderão ser adotadas.

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