10/10/2021
Situado numa área de recarga hídrica muito importante para a região, Brejinho abriga uma das nascentes do córrego São Francisco, afluente da bacia do Onça/Izidora
Em um trabalho conjunto entre a Secretaria de Obras e Infraestrutura e a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, a Prefeitura de Belo Horizonte acaba de entregar à população o Parque Ecológico do Brejinho, uma área de grande importância ecológica para a capital e uma antiga demanda da comunidade da região da Pampulha. Situado numa área de recarga hídrica muito importante para a região, o Parque Ecológico do Brejinho abriga uma das nascentes do córrego São Francisco e, ainda, uma bacia de detenção de águas de chuva, equipamento que minimiza a ocorrência de alagamentos e enchentes durante o período chuvoso.
Sérgio Augusto Domingues, presidente da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, explica que a concepção inicial do Parque, além de preservar a nascente, fundamenta-se na ideia de unir a área de recarga hídrica onde situa-se a nascente ao espaço onde foi construída a bacia de detenção de águas pluviais e, ainda, atender a uma demanda da comunidade por um espaço de lazer e prática de esportes, que pudesse servir de travessia e integração para os moradores dos bairros da região.
Para a efetiva implantação do Parque Ecológico do Brejinho, a Prefeitura precisou atuar em diversas frentes, especialmente na reintegração de posse de áreas ocupadas irregularmente e, em agosto de 2020 a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), por meio da Gerência Regional de Manutenção Pampulha, juntamente com a Fundação iniciaram as obras de requalificação da área. Foram retiradas centenas de quilos de entulho e lixo no local, que vinha sendo utilizado como bota-fora gerando transtornos e desconforto para a comunidade.
Após a limpeza, deu-se início ao plantio de mais de mil árvores de espécies nativas. Vale lembrar que outros plantios no local, a fim de aumentar a cobertura vegetal e contribuir para o microclima da região e a preservação da nascente, já estão previstos. Eles acontecem sempre na temporada de chuvas, entre outubro e março.
O Parque foi integralmente cercado e feita a reforma completa de sua guarita, onde agora há um porteiro. Foram feitas a pavimentação e sinalização horizontal da ciclovia e da pista de caminhada, conferindo ao Parque um espaço adequado a práticas esportivas. Também foram implantadas duas áreas de recreação e lazer com playground, mesas e cadeiras de concreto, instalação de aparelhos de ginástica ao ar livre, execução de gabião para instalação de passarela, atendendo a uma demanda da população para travessia entre bairros, o que gerou mais segurança e conforto às pessoas, além de iluminação em LED, executada pela concessionária BHIP.
Na parte externa do Parque, a Sudecap também executou intervenções, como a implantação de meio-fio, passeio, bocas-de-lobo e pavimentação na via de rolamento da rua Alcobaça e fechamento com muro de alvenaria na rua Barão de Nepomuceno. O Parque possui também um projeto de agrofloresta com o apoio da comunidade e dos parceiros da universidade, com a supervisão da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania. Ao todo, foram gastos aproximadamente R$ 815 mil.
Para Henrique Castilho, superintendente da Sudecap, “contribuir para a implantação de uma nova área social e de lazer, atendendo inclusive às necessidades ambientais de preservação de nascentes, é cumprir com a nossa obrigação de implementar o Plano de Obras da capital com responsabilidade”.
O presidente da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica explica que essas obras de intervençção conferiram ao Parque Ecológico do Brejinho características de travessia e prática de esportes permanentes, e a ideia é que o Parque permaneça aberto 24h por dia – o que ainda está sendo estudado. A Fundação destaca que, embora as obras de implantação tenham sido concluídas, está atenta às possíveis novas demandas de uso e manutenção do espaço que possam surgir a partir do momento em que a população venha se apropriando do espaço.
“A nossa ideia é fazer um monitoramento dessas possíveis novas necessidades e ir aprimorando as ações de manejo e conservação deste espaço, de forma a compatibilizar da melhor forma o uso público com a necessária conservação ambiental da área”, finaliza Sérgio.
No início de 2017, havia 450 empreendimentos aprovados no Orçamento Participativo que se encontravam paralisados ou não inicializados nas diversas regiões da cidade. Com todos os esforços realizados pela Prefeitura, até agora 173 já foram concluídos pela Sudecap e pela Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), priorizando aqueles aprovados nas vilas e favelas da cidade. Atualmente, 149 empreendimentos estão em andamento em diversas fases, como obras, projetos, orçamento e etc. O restante está em estudo de viabilidade.