Problema à vista

19/01/2012

Assoreamento do cartão-postal de Belo Horizonte é agravado no período de estiagem

Sem chuvas há alguns dias, o assoreamento da
Lagoa da Pampulha ficou mais evidente. Em alguns locais, o espelho d’água secou
e grandes extensões de terra e entulho expuseram a dimensão do problema. Os
detritos estão acumulados em partes mais rasas da Lagoa, totalizando cerca de 750
mil metros cúbicos de sedimentos. Dados da Prefeitura de Belo Horizonte revelam
que, atualmente, a Lagoa da Pampulha tem apenas metade do seu volume inicial e
já perdeu 40% do seu espelho d’água.

O último desassoreamento foi realizado em 2004 e removeu um
milhão de metros cúbicos de material, com custo de R$ 110 milhões. Segundo a
Superintendência de Desenvolvimento da Capital, há planos para uma nova
intervenção, mas não há recursos nem prazos definidos. Por enquanto, é
realizada apenas a limpeza de lixo da Lagoa. Durante o período de estiagem, são
retirados da Lagoa 10 toneladas de lixo. Já em época de chuva, esse número sobe
para 20 toneladas.

A previsão da Copasa é que, em abril, tenham
início as obras para impedir que o esgoto de 19% da população de Contagem e de
4% de Belo Horizonte seja despejado na Lagoa. A meta é que em junho de 2013
todo o esgoto que caia na Pampulha seja direcionado para a Estação de
Tratamento de Esgoto do Ribeirão do Onça. 
Para o coordenador do Laboratório de Gestão Ambiental de Reservatórios
da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ricardo Motta Pinto Coelho, é
possível recuperar e despoluir a Lagoa da Pampulha desde que sejam realizadas
ações integradas e que o dinheiro seja empregado exclusivamente em saneamento.

Fonte: Hoje
em Dia

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