27/08/2015
Em parceria com o CBH Rio das Velhas, Subcomitê Onça e a comunidade local, o Projeto Manuelzão realizou, no dia 25 de agosto, no Parque Nossa Senhora da Piedade, no bairro Guarani, em BH, uma oficina de capacitação ambiental para professores e moradores.
Nelas foram apresentados assuntos
relacionados às bacias hidrográficas e ao biomonitoramento. Essas oficinas
atendem ao Monitoramento Ambiental Participativo (MAP) uma das etapas do
projeto “Biomonitoramento da Ictiofauna e Monitoramento Ambiental Participativo
da Bacia do Rio das Velhas”.
Para a conselheira do Subcomitê
Onça e integrante do Projeto Manuelzão, Majô Zeferino, as oficinas são
oportunidades únicas de conscientização e aprendizagem ambiental para as
comunidades envolvidas nos Núcleos. “É fundamental que todos conheçam a
realidade de nossas bacias, se interajam com as propostas de melhorias das
condições de preservação dos rios e saibam como monitorar a qualidade das águas”,
disse.
Ainda segundo ela, realizar as
oficinas nos parques é revelar à comunidade que é possível mudar a realidade de
locais abandonados e poluídos. “Estar neste parque é sentir que as propostas do
Projeto de revitalização dos locais e rios e todos os trabalhos que realizamos de conscientização de políticas públicas sociais
e ambientais de melhoria de vida das comunidades e do meio ambiente estão
surtindo efeito. Com certeza essas vitórias são de todos”, disse.
“Para mudar a realidade é preciso
que todos participem mais dos processos de luta em favor do meio ambiente, da
água e de tudo o que envolve o meio ambiente”, destacou o vice-presidente da
Associação do Bairro Colorado, em Contagem, e também conselheiro do Subcomitê
Onça, Carlos Alberto Ferreira da Silva. Para ele, é preciso cobrar uma ação
diferenciada das autoridades. “Tem que haver mais diálogo entre a instituições,
os órgãos públicos e comunidade. E nós da comunidade temos que fazer nossa
parte, mas também cobrar mudanças. Tem que haver mais interesse político nas questões
ambientais”, reforça.
A professora Aline Aguilar, da Escola
Municipal Maria Silva Lucas, de Contagem, leciona geografia e estava prestando
atenção às informações. Para ela, as escolas tem que estar antenadas em tudo o que
acontece e esclarecida do que envolve o meio ambiente. “Estar aqui é buscar conhecimento,
é fazer com que os alunos possam através do que aprendemos nas oficinas também
conhecer a realidade dos rios, das bacias e das águas. Hoje eles estão mais
conscientes, querem saber como preservar a natureza e conhecer como essa vivência
pode mudar a realidade” destacou ao revelar que “A geografia deve ser ensinada
além dos muros”. Ainda segundo ela, estar num parque que mudou a realidade local
é aprender com o real. “A mudança da realidade desse espaço preservado e de
lazer da comunidade o torna um exemplo pedagógico e de educação”, afirmou.