Projeto Manuelzão e CBH Rio das Velhas alertaram e Copasa admite gravidade da situação das águas em Minas

23/01/2015

Foram incessantes debates, reuniões, palestras, seminários, cobranças, coletivas, entrevistas, dados e estatísticas divulgadas para que todos tomassem consciência da gravidade da situação.

Desde 2014, quando passamos por uma grave crise de
escassez de água, o Projeto Manuelzão e o Comitê da bacia Hidrográfica do Rio
das Velhas vêm alertando sobre a grave situação do rio e reservatórios que abastecem
a capital. Foram incessantes debates, reuniões, palestras, seminários, cobranças,
coletivas, entrevistas, dados e estatísticas divulgadas para que todos tomassem
consciência da gravidade da situação.

De acordo com os
dados revelados no ano passado, o nível do reservatório Vargem das Flores, na
divisa de Contagem e Betim, estava muito baixo. Hoje, segundo dados atualizados,
ele se encontra com apenas 28% da capacidade. Quanto aos sistemas de
captação (Velhas e Paraopeba), a disponibilidade atual é de 30% de água na
Grande BH. Em janeiro do ano passado, o índice era de 78%.

“Atualmente, a realidade que se observava em 2014,
está mais do que presente e representa uma preocupação para toda a sociedade,
pois os reservatórios já se apresentam em seu limite de capacidade e se não
houver a colaboração de todos nas ações de contenção dos gastos e preservação
do meio ambiente, teremos catastróficas e pessimistas previsões para os
próximos meses”, ressaltaram ambientalistas.

Copasa admite situação crítica de água em BH

A Copasa
admitiu nesta quinta-feira (22) que a
Grande Belo Horizonte, com 5,7 milhões de pessoa está na iminência de um
racionamento de água. Por isso a empresa fez um apelo para que a população reduza
o consumo em no mínimo 30%. Segundo informou a companhia, se a situação atual
for mantida, a expectativa é que, até abril, medidas severas, como interrupções
programadas no fornecimento e multa a quem extrapolar o limite estabelecido,
sejam colocadas em prática.  

Ainda
de acordo com a Copasa, a empresa encaminhará ao Instituto Mineiro de Gestão
das Águas (Igam), responsável por gerenciar os recursos hídricos, um pedido
formal para que seja declarada situação crítica quanto à escassez de água em
todo o estado.

Somente
na RMBH 31 municípios correm o risco de desabastecimento. Entre eles estão Belo
Horizonte, Contagem e Betim. No interior, os municípios que mais preocupam são:
Campanário, (Vale do Rio Doce), Urucânia (Zona da Mata) e Pará de Minas
(Central). 

Vazamentos

 Ambientalistas
e especialistas revelam que a Copasa também precisa fazer sua parte, pois cerca
de 40% da água tratada produzida se perde nas tubulações antes de chegar ao
consumidor. Segundo a empresa, neste caso, para conter vazamentos, 40
equipes de campo estão sendo destacadas para atuar na RMBH e espera-se com isso
que o tempo de atuação na manutenção reduza das atuais nove horas para
seis. 

Foto de capa: rio das Velhas em Várzea da Palma/out 2014.

 

 

 

 

 

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