Quanto antes

16/01/2013

Redução imediata nas emissões de CO2 poderia retardar alguns impactos ambientais por décadas

A redução imediata das emissões de gases do efeito estufa pode evitar
enchentes e secas segundo especialistas britânicos e alemães. Em estudo publicado
na revista Nature Climate Change, os estudiosos explicam que políticas que
reduzam as emissões de carbono em 2016 em 5% por ano podem poupar entre 39
milhões e 68 milhões de pessoas de serem expostas a um maior risco de escassez
de água em 2050.

O cenário acima é considerado o melhor
possível. Já com a queda de 5% somente em 2030, o número de pessoas que
escapariam do risco seria de 17 milhões a 48 milhões. “Basicamente, em 2050, a
política de 2030 teria entre metade e dois terços dos benefícios da melhor
política (2016)”, embora ambas apontem para uma mudança de temperatura similar,
de 2ºC a 2,5º C em 2100. Você pode atingir o mesmo ponto (de temperatura) no
fim do século, mas os danos causados no caminho até esse ponto podem ser muito
diferentes”, afirmou o diretor do Instituto Walker de mudanças climáticas,
Arnell Walker.

No pior dos cenários, caso não haja restrição nas
emissões, a temperatura no planeta pode aumentar de 4ºC a 5,5ºC, de acordo com
a pesquisa. China, Estados Unidos e Índia, uns dos maiores poluidores do mundo,
não se comprometeram a limitar suas emissões e contribuem com o que acredita
diversos pesquisadores: a Terra vai esquentar mais do que a meta da ONU de 2°C.

Parece improvável uma redução em 2016,
uma vez que as nações buscam adotar um novo pacto global sobre o clima em 2015
para entrar em vigor até cinco anos depois. Mesmo com o alerta dos cientistas
sobre o aumento na concentração de carbono, a última rodada das Nações Unidas
de debates sobre o clima fracassou. E com ela a tentativa de impor, antes de
2020, cortes nas emissões de países que não haviam assinado o Protocolo de
Kyoto. Fonte: Ambiente Brasil

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