21/02/2020
Agência Nacional de Mineração adverte sobre detecção de novas anomalias em estruturas já em nível máximo de risco, localizadas em Ouro Preto, Barão de Cocais e no distrito de Macacos
A Agência Nacional de Mineração (ANM) constatou, em inspeção realizada na semana passada, novas anomalias em quatro barragens da Vale em Minas Gerais. As unidades já são classificadas com nível máximo de risco de rompimento. São barragens de Forquilhas I e III, entre Ouro Preto e Itabirito, Sul Superior, em Barão de Cocais, e B3/B4, em Macacos. As chuvas que atingem o Estado desde janeiro aumentam o risco de colapso das estruturas, que é ainda mais grave graças às falhas detectadas.
Representantes da ANM e dos ministérios públicos Federal, Estadual, do Trabalho e do advogado-geral da União, Gustavo Correa, segundo reportagem do jornal O Tempo, estiram reunidos na segunda-feira, 17.
Na ocasião, o gerente de segurança de barragens da agência, Luiz Paniago Neves, afirmou que as barragens estão há um ano sem monitoramento e manutenção presenciais, o que piorou progressivamente o estado das estruturas. “Se o empreendedor e as consultorias não puderem atuar diretamente nas barragens, elas fatalmente se romperão”, disse.
Segundo o procurador federal da AGU Marcelo Kokke, que representa a ANM, desde que as estruturas tiveram o risco apontado, há um esforço das autoridades para fazer com que a Vale trabalhe no monitoramento e reparo de danos nos locais.
“A Vale não desenvolveu suficientemente planos de segurança de atuação em cenários de risco e vem alegando que não vai colocar nenhum trabalhador para atuar presencialmente no local porque não há segurança, mas o que vemos é que é necessária essa atuação porque se a chuva continuar, as barragens vão romper”, alerta.
O resultado da reunião foi uma decisão judicial que pressiona a Vale e fixa termos para que a mineradora elabore o plano em conjunto com os MPs e a Advocacia-Geral da União (AGU), que representa a ANM.
Veja a reportagem completa no portal O Tempo.